As perdas da empresa aeronáutica no primeiro semestre de 2025 contrastam com os lucros líquidos de 352 milhões de reais (55,19 milhões de euros) registados no mesmo período do ano passado.
No segundo trimestre, a Embraer perdeu 53 milhões de reais (cerca de 8,31 milhões de euros), em comparação com os lucros de 415 milhões de reais (65,07 milhões de euros) no segundo trimestre de 2024.
Quanto às receitas, estas atingiram 16,68 mil milhões de reais (2,62 mil milhões de euros) no semestre, um aumento interanual de 35%.
A empresa destacou no relatório financeiro que a tarifa mínima de 10% anunciada em abril pelos EUA, o seu principal mercado, "não afetou significativamente" os resultados do segundo trimestre.
Por outro lado, a Embraer e o setor de aviação brasileiro foram isentos da tarifa de 50% assinada na semana passada pelo Presidente dos EUA, Donald Trump, para grande parte das importações do país sul-americano, que deve entrar em vigor quarta-feira.
No segundo trimestre, a fabricante entregou 61 aeronaves, mais 30% que no ano anterior, que se somam às 30 aeronaves entregues nos primeiros três meses do ano.
O Ebitda ajustado no primeiro semestre foi de 1,46 mil milhões de reais (230 milhões de euros), um aumento de 90 % em relação ao ano anterior.
Para 2025, a Embraer manteve a sua previsão de entregar entre 77 e 85 aviões comerciais e entre 145 e 155 aviões ligeiros, com receitas totais de até 6,48 mil milhões de euros.
A Embraer é fabricante e líder mundial de aeronaves comerciais até 150 lugares, tem mais de 100 clientes em todo o mundo e mantém unidades industriais, escritórios, centros de serviço e de distribuição de peças, entre outras atividades, no continente americano, África, Ásia e Europa.
Em Portugal, a Embraer é acionista maioritária da OGMA - Indústria Aeronáutica de Portugal, em Alverca, com 65% do capital.
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