Wall Street fecha em baixa

A bolsa nova-iorquina encerrou hoje em baixa, prejudicada pelos novos dados económicos que ficaram aquém das expectativas e pela assimilação dos comentários do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sobre tarifas futuras.

US markets plunge following Trump's tariff hikes

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Lusa
05/08/2025 22:25 ‧ ontem por Lusa

Economia

Wall Street

Os resultados definitivos da sessão indicam que o índice seletivo Dow Jones Industrial Average perdeu 0,14%, o tecnológico Nasdaq recuou 0,65% e o S&P 500, mais abrangente, recuou 0,49%.

 

O mercado está "a lutar para encontrar uma direção", frisou Adam Sarhan, da 50 Park Investments, à agência France-Presse (AFP).

Sarhan frisou, no entanto, que "após uma forte subida, é normal (...) ver o mercado estagnar um pouco enquanto se aguarda o próximo catalisador de subida".

Os investidores não gostaram do inquérito mensal da associação comercial ISM divulgado hoje. O índice que mede a atividade no setor dos serviços fixou-se em 50,1% em julho, face aos 50,8% de junho, ficando próximo do limite de 50%, o que indica uma contração da atividade.

"A principal conclusão deste relatório é que reflete uma desaceleração do crescimento no maior setor do país, acompanhada por uma contração mais rápida do emprego e aumentos de preços mais acelerados", observam os analistas do Briefing.com.

"Estamos a observar que a situação económica está a mudar", apontou Adam Sarhan, algo que preocupa os participantes do mercado.

Na sexta-feira, os dados oficiais mostraram uma deterioração das condições do mercado de trabalho dos EUA nos últimos meses.

No mercado obrigacionista, a taxa do título norte-americano a 10 anos subiu ligeiramente por volta das 20:10, para 4,20%, em comparação com 4,19% no fecho do dia anterior.

Ao mesmo tempo, os investidores continuam a acompanhar os desdobramentos das tarifas, antes da sua entrada em vigor prevista para quinta-feira.

O Presidente dos EUA levantou hoje a voz contra a Índia, que critica por comprar petróleo russo, e contra o setor farmacêutico, garantindo que novas tarifas podem ser anunciadas rapidamente, a um nível superior ao anteriormente previsto.

Depois de vários acordos assinados nos últimos dias, os produtos da União Europeia (UE), Japão e Coreia do Sul serão taxados a 15%, e os do Reino Unido, a 10%. A Indonésia, em 19%, e o Vietname e Taiwan, em 20%.

"Tudo pode acontecer" antes do prazo, alertou Sarhan.

Além disso, o mercado bolsista dos EUA continua a digerir um "volume significativo" de resultados empresariais, observaram os analistas do Briefing.com.

A farmacêutica norte-americana Pfizer (+5,12%, para 24,73 dólares) beneficiou dos resultados do segundo trimestre que superaram as expectativas, impulsionados, em particular, pela sua vacina e tratamento contra a covid-19, bem como pelos seus medicamentos oncológicos.

A gigante dos semicondutores Intel ganhou terreno (+3,54% para 20,19 dólares), apesar da descida da Fitch Ratings.

Os resultados da Disney e da McDonald's serão divulgados na quarta-feira.

Leia Também: Wall Street abre com ligeiras subidas após sessões de grandes balanços

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