"Fomos contactados por alguns comerciantes [do Porto], fundamentalmente daqueles que estão afetos a zonas de passagem dos veículos que fazem esse transporte de turistas, e existe a preocupação pelas dinâmicas que foram criadas em volta desses passeios turísticos. Até porque existem lojas que são revendedores desses próprios 'tickets' e temem que o afastamento dessas rotas possa, por ventura, vir a ser mais prejudicial", declarou à Lusa Rubens de Carvalho, presidente da Associação de Comerciantes do Porto (ACP).
A 22 de julho, o presidente da Câmara do Porto anunciou que ia limitar a circulação de 'tuk-tuks' e autocarros de excursões no centro histórico e limitar os autocarros de dois andares, acabando com a circulação do comboio turístico em 2026.
Para o presidente da ACP, existe a necessidade de criar um grupo de trabalho.
"Existe talvez uma necessidade de um grupo de trabalho que venha tentar explorar quais são as melhores soluções. Penso que existe essa necessidade de retirar o trânsito da cidade, mas em termos de opções [os turistas] acabam por utilizar não os transportes públicos mas muito veículos da Uber e isso traz mais trânsito automóvel à cidade, em vez de o mitigar no centro da cidade".
O presidente da ACP observa que esta limitação é muito mais abrangente do que só o próprio turismo, referindo que envolve "muitas lojas que fazem a vendas dos tickets na proximidade do centro".
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