O relatório e contas de 2023 do CFM, consultado hoje pela Lusa, indica que foram transportados 6.629.344 passageiros em todo o ano passado, "o que corresponde a uma realização de 93%" do plano inicial, "um crescimento de 25% quando comparado ao período homólogo".
"Isto resulta da plena operação das automotoras que foram inauguradas em agosto de 2022, aumentando a capacidade de transporte de passageiros na região sul e centro do país", lê-se no documento, que por outro lado admite constrangimentos na circulação ferroviária devido, nomeadamente, à passagem do ciclone Freddy em março de 2023, na região central do país.
Nos primeiros meses do ano, refere a empresa, registaram-se ainda incidentes ferroviários, nomeadamente descarrilamentos.
A administração disse que a componente social "tem sido um dos apanágios incontornáveis" do CFM e fundamento "da relevância na promoção de um serviço público de transporte ferroviário de passageiros, com segurança e qualidade", que "continuará a ter a devida proeminência na garantia da continuidade do transporte ferroviário de passageiros urbano, peri-urbano e de longo curso".
"Garantido com incremento de meios novos, com o investimento de 90 carruagens, incluindo cinco automotoras, provenientes da Índia", acrescenta o documento.
Refere igualmente que a área portuária operada pelo CFM "registou um nível de execução de 95% do plano e um incremento de 12% em relação à realização do período anterior", ao manusear 63,37 milhões de toneladas métricas (mtm), contra 56,45 mtm em 2022.
"Não obstante os fatores negativos" na operação do sistema ferro-portuário, em 2023 foram transportadas 26,58 milhões de toneladas, contra 33,65 milhões de toneladas planeadas, "uma execução de 79% e um crescimento de 8% relativamente ao período homólogo de 2022".
O CFM explora atualmente as linhas férreas de Ressano Garcia, do Limpopo e de Goba, o Sistema Ferroviário da Beira, que inclui a linha de Sena, Machipanda e o ramal de Marromeu, a secção comum às três linhas da rede sul e zona de manobras de Maputo, as oficinas gerais do sul e do centro e o Terminal de Alumínio da Matola.
Opera igualmente os terminais de combustíveis em todos os portos moçambicanos, os terminais de cereais e de carvão no porto de Maputo, e os portos de Quelimane, de Nacala e de Pemba.
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