Encomendas na construção caem para metade
O sector da construção voltou em Outubro a registar quebras em todos os indicadores, com a carteira de encomendas a cair "drasticamente para metade" e as insolvências de empresas a aumentaram 43,7%, anunciou esta segunda-feira a FEPICOP.
© Lusa
Economia FEPICOP
Segundo a análise de conjuntura da Federação Portuguesa da Indústria da Construção e Obras Públicas (FEPICOP), em Outubro e em termos homólogos trimestrais, a situação financeira e as perspectivas de emprego resvalaram 20,7% e 18,1%, respectivamente.
Já no início do mês de Novembro, a FEPICOP diz ter detectado uma redução homóloga de 8,2% das habilitações existentes no mercado para o exercício da actividade, equivalente a menos 5.039 entidades, e um aumento de 43,7% do número dos processos de insolvência no sector.
Quanto ao emprego no sector, recuou pela quinta vez consecutiva no 3.º trimestre de 2012, com a perda de 85.200 postos de trabalho e uma queda de 19,3% face ao mesmo trimestre do ano anterior.
Ao nível do licenciamento habitacional, a FEPICOP destaca a queda, no 3.º trimestre, de 30% na construção nova, mas reporta também uma redução de 8,8% dos trabalhos no único segmento ao qual reconhece "potencial para impulsionar o sector": a reabilitação.
No segmento das obras públicas, a tendência também é de quebra.
Segundo a federação, "nos primeiros 10 meses do ano o valor dos concursos abertos e adjudicados caíram, respectivamente e em termos homólogos, 43,9% e 50,2%".
"Sem procura e com os aspectos financeiros - nomeadamente os elevados encargos e carga fiscal e os atrasos nos pagamentos do Estado - a constituírem as principais condicionantes da actividade, a construção segue por um caminho que, se não for já atalhado, dificilmente terá retorno", alerta a FEPICOP.
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