Meteorologia

  • 06 MAIO 2024
Tempo
16º
MIN 13º MÁX 20º

FMI só dá financiamento depois de reformas na Guiné Equatorial

O Fundo Monetário Internacional agravou hoje a recessão estimada para o ano passado na Guiné Equatorial, para 8,8%, e avisou que só aprovará ajuda financeira depois de o país aplicar mais reformas económicas e aumentar a transparência.

FMI só dá financiamento depois de reformas na Guiné Equatorial
Notícias ao Minuto

21:17 - 16/01/24 por Lusa

Economia Guiné Equatorial

"Depois da interrupção em 2022, a economia deverá voltar a entrar numa profunda recessão, com uma queda de 8,8% na atividade económica de 2023", lê-se na análise anual que o FMI faz aos seus membros, ao abrigo do artigo IV, no qual piora a previsão de queda da economia, de 6,2% para 8,8% no ano passado e antevê nova queda este ano, de 5,5%.

A Guiné Equatorial "continua confrontada com um declínio contínuo da produção petrolífera" e as perspetivas de curto e médio prazo "são desafiantes, com a prevista de redução da produção de petróleo e um crescimento fraco na economia não petrolífera, devido a fraqueza estrutural subjacente", acrescentam os técnicos do FMI.

Na apreciação do relatório feito pela equipa técnica que visitou o país nas últimas semanas, os diretores do FMI concordaram com a avaliação e "exortaram o governo a fazer esforços imediatos para apoiar a estabilidade macroeconómica e financeira, reformas transformacionais para promover a diversificação económica e um avanço na agenda anticorrupção e de melhorias na governação, para garantir um crescimento sustentável".

No documento, a direção do FMI deixa claro que as autoridades equatoguineenses pediram novamente ajuda financeira, mas o Fundo considera que um programa de ajustamento só pode ser aprovado depois da implementação das reformas e de melhorias no ambiente económico.

"Notando o interesse das autoridades num acordo de financiamento com o Fundo, os diretores sublinharam, de uma forma geral, a importância de construir um histórico de reformas, em conjunto com o contínuo fortalecimento da capacitação, incluindo através da assistência técnica do Fundo, para sustentar os seus esforços", lê-se no comunicado que dá conta da análise do FMI à Guiné Equatorial, o mais recente país a entrar para a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), em 2014.

Desde 2014, a Guiné Equatorial tem estado quase sempre em recessão económica, interrompendo apenas por um ano no final da década passada, e novamente em 2022, quando cresceu 3,2%.

Até 2028, o Fundo estima que este país africano esteja sempre 'no vermelho', com exceção para o próximo ano, em que deverá crescer 3,7%, uma expansão anulada logo em 2026, quando a economia deverá contrair-se 4,1%, de acordo com as previsões hoje atualizadas.

No relatório, o FMI defende ainda "ousadas reformas estruturais para fomentar a diversificação económica e apoiar o crescimento inclusivo e sustentável", apontando como prioridades a redução da burocracia para a criação de empresas, o aumento do investimento no capital humano e a garantia de mercados eficientes e com bom funcionamento.

Leia Também: Líder do FMI alerta para impacto (nefasto) da Inteligência Artificial

Recomendados para si

;

Receba as melhores dicas de gestão de dinheiro, poupança e investimentos!

Tudo sobre os grandes negócios, finanças e economia.

Obrigado por ter ativado as notificações de Economia ao Minuto.

É um serviço gratuito, que pode sempre desativar.

Notícias ao Minuto Saber mais sobre notificações do browser

Campo obrigatório