Metro do Porto admite abdicar de saída para evitar túnel do Campo Alegre

O presidente da Metro do Porto admitiu hoje aos jornalistas abdicar de uma saída da futura estação do Campo Alegre se não for possível encerrar o túnel rodoviário daquela zona durante as obras da Linha Rubi.

Metro Porto Vila do Conde

© Global Imagens

Lusa
09/01/2024 20:20 ‧ 09/01/2024 por Lusa

Economia

Porto

"O fecho do túnel do Campo Alegre estava associado a uma das quatro saídas que nós temos previstas para a estação do Campo Alegre. Podemos sempre abdicar de uma das saídas, porque são saídas do lado da Faculdade de Letras que são muito próximas uma da outra. Distam apenas 80 metros", disse hoje aos jornalistas Tiago Braga.

O presidente da Metro do Porto falava aos jornalistas após a cerimónia de consignação da empreitada da linha Rubi ao consórcio ACA, FCC e Contratas y Ventas, por 379,5 milhões de euros, que decorreu hoje nas Caves Ferreira, em Vila Nova de Gaia (distrito do Porto).

"Se não for possível, de forma alguma, do ponto de vista técnico, nós conseguirmos assegurar que nenhuma das possibilidades técnicas garante que não seja necessário mesmo fechar o túnel, nós temos essa possibilidade", vincou.

Para Tiago Braga, no caso de se abdicar de uma saída, haverá outra "80 metros ao lado, para servir a Faculdade de Letras e a CCDR-N [Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte]".

No dia 21 de dezembro, a Câmara do Porto rejeitou o encerramento do túnel do Campo Alegre para a construção da Linha Rubi do Metro do Porto, alegando que "não pode ser encerrado ao trânsito" por ser uma 'artéria' viária fundamental da cidade.

"O plano de obra relativamente à linha Rubi, na sua interceção com a cidade do Porto, previa que o túnel do Campo Alegre, temporariamente, mas por um período, apesar de tudo, alargado, fosse encerrado ao trânsito", disse hoje o presidente da autarquia, Rui Moreira, aos jornalistas, após se reunir com utentes da linha de autocarro Braga - Porto.

Questionado sobre quanto tempo estaria em causa, o autarca independente não soube precisar, desvalorizando esse fator, notando que "as obras normalmente duram o dobro" do previsto.

"Mas o problema não é o tempo. O túnel do Campo Alegre, como qualquer portuense conhece, não pode ser encerrado ao trânsito. É a única saída que nós temos da parte sul, na ligação com a VCI [Via de Cintura Interna] e com a ponte da Arrábida", considerou Rui Moreira.

Em 20 de dezembro, o Tribunal de Contas concedeu visto prévio ao contrato de construção da Linha Rubi do Metro do Porto, de 379,5 milhões de euros, disse fonte da empresa à Lusa.

O contrato para a construção da Linha Rubi do Metro do Porto foi assinado com consórcio Alberto Couto Alves (ACA), FCC Construcción e Contratas y Ventas em 03 de novembro, por mais de 379,5 milhões de euros.

O valor global de investimento da Linha Rubi (Casa da Música - Santo Ovídio, incluindo nova ponte sobre o rio Douro) é de 435 milhões, um investimento financiado pelo Plano de Recuperação e Resiliência (PRR).

A Linha Rubi, com 6,4 quilómetros e oito estações, inclui uma nova travessia sobre o rio Douro, a "Ponte D. Antónia Ferreira, a Ferreirinha", que será exclusivamente reservada ao Metro e à circulação pedonal e de bicicletas.

Em Gaia, as estações previstas para a Linha Rubi são Santo Ovídio, Soares dos Reis, Devesas, Rotunda, Candal e Arrábida, e no Porto Campo Alegre e Casa da Música.

Leia Também: Porto. Final de 2026 é "prazo exigente" para construir Linha Rubi

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