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Resiliência da economia deverá levar Moody's a manter rating de Portugal

O desempenho da economia e das finanças públicas deverá levar, esta sexta-feira, a Moody's a manter inalterada a avaliação à dívida soberana portuguesa, apesar da crise política, segundo os analistas consultados pela Lusa.

Resiliência da economia deverá levar Moody's a manter rating de Portugal
Notícias ao Minuto

15:22 - 16/11/23 por Lusa

Economia Analistas

A Moody's, que classifica atualmente a dívida soberana portuguesa em 'Baa2' com perspetiva positiva, tem prevista para esta sexta-feira a última avaliação do ano ao 'rating'´(notação) de Portugal, segundo os calendários das agências de notação financeira.

"O atual momento político que se vive em Portugal não deverá ter impacto na análise da Moody's. A economia continua com um dinamismo muito grande, para este ser afetado por questões de origem política", considera o diretor de investimentos do Banco Carregosa, Filipe Silva, em declarações à Lusa.

Para o analista, o futuro governo teria de ter um discurso e rumo político muito diferente dos registados até hoje.

Desta forma, a Moody's deverá manter o 'rating' de Portugal com perspetiva estável, até porque "as economias mundialmente, começam a dar sinais de um abrandamento, fruto das políticas que os bancos centrais têm implementado, no sentido de controlar a inflação", mas "a economia portuguesa ainda consegue mostrar um forte dinamismo".

O presidente da IMF -- Informação de Mercados Financeiros, Filipe Garcia, também acredita que a Moody's não irá baixar a notação ou a perspetiva de Portugal.

"Na verdade, do ponto de vista da evolução dos indicadores relativos à dívida, défice e crescimento, e tendo como pressuposto que o Orçamento do Estado para 2024 (OE2024) vai ser aprovado na especialidade, a situação atual mereceria a subida do rating de Portugal pela Moody's, de 'Baa2' para 'Baa1'", refere em declarações à Lusa.

Filipe Garcia admite que "a crise política, que implica uma maior incerteza para o futuro governativo do país e, sobretudo, os indicadores de desaceleração económica, possam condicionar a agência de notação e que possa ser mais cautelosa, não promovendo a subida do 'rating' de Portugal".

"No entanto, o facto de mesmo perante a demissão do primeiro-ministro de Portugal mostrar que privilegia a aprovação de um Orçamento que prevê equilíbrio entre receitas e despesas e aponta para uma redução significativa do rácio dívida/Produto Interno Bruto (PIB), terá de ser visto como algo positivo", considera.

Na última avaliação, em maio, a Moody's manteve o 'rating' de Portugal em 'Baa2', mas subiu a perspetiva de estável para positiva.

O 'rating' é uma avaliação atribuída pelas agências de notação financeira, com grande impacto para o financiamento dos países e das empresas, uma vez que avalia o risco de crédito.

Os calendários das agências de 'rating' são, no entanto, meramente indicativos, podendo estas optar por não se pronunciarem nas datas previstas ou avançarem com uma avaliação não calendarizada.

Portugal vai ter eleições legislativas antecipadas em 10 de março de 2024, marcadas pelo Presidente da República, na sequência da demissão do primeiro-ministro.

António Costa é alvo de um inquérito no Ministério Público (MP) junto do Supremo Tribunal de Justiça, após suspeitos num processo que investiga tráfico de influências no negócio de um centro de dados em Sines terem invocado o seu nome como tendo tido intervenção para desbloquear procedimentos.

O MP considera que houve intervenção do primeiro-ministro na aprovação de um diploma favorável aos interesses da empresa Start Campus, responsável pelo centro de dados, de acordo com a indiciação.

No dia da demissão, Costa recusou a prática "de qualquer ato ilícito ou censurável".

Leia Também: Moody's revê em alta rating da TAP para B1 com perspetiva positiva

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