No boletim mensal de setembro, publicado hoje, os economistas do Bundesbank afirmam que as famílias estão relutantes em gastar "apesar do facto de o aumento dos preços estar a recuar um pouco, do forte crescimento dos salários e da boa situação no mercado de trabalho".
As áreas do setor dos serviços mais próximas do consumo também estão a sofrer com o fraco consumo privado, enquanto a fraqueza da indústria está a pressionar a produtividade económica dos serviços que são mais dependentes da indústria.
A produção industrial na Alemanha registou uma queda acentuada, tanto em termos mensais como anuais, acrescenta o Bundesbank.
Por exemplo, a produção dos fabricantes de automóveis, que anteriormente apoiava a produção industrial, caiu acentuadamente.
Os setores intensivos em energia estão a sofrer com os elevados preços da energia.
Os economistas do Bundesbank esperam que a fraqueza da indústria continue, porque a procura de bens industriais caiu acentuadamente em julho, em comparação com o mês anterior, tanto a nível interno como externo.
Apesar do enfraquecimento da economia alemã, o mercado de trabalho permanece estável e o desemprego aumentou apenas ligeiramente em agosto, em 18.000 pessoas, para 2,63 milhões, ou seja, 5,7% da população, embora possa aumentar ainda mais no outono.
A inflação mantém-se elevada na Alemanha, com os preços harmonizados no consumidor a aumentarem 0,5% em agosto em relação ao mês anterior (0,1% em julho), devido ao aumento dos preços da energia.
O Bundesbank espera que a inflação desça nos próximos meses, mas que se situe bem acima dos 2% a médio prazo, devido ao forte crescimento dos salários.
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