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César das Neves acredita que próximo Orçamento será "de continuidade"

O economista João César das Neves considerou hoje, em entrevista à agência Lusa, que o Orçamento do Estado para 2024 (OE2024) irá ser de continuidade face aos anteriores e alertou para a elevada incerteza económica.

César das Neves acredita que próximo Orçamento será "de continuidade"
Notícias ao Minuto

08:47 - 05/09/23 por Lusa

Economia OE2023

"Não estou a prever que haja grandes mudanças [no OE2024]. Acho que vai ser um Orçamento de continuidade", prevê, acrescentando que não existe "muita possibilidade de alteração".

O economista e professor catedrático da Católica-Lisbon considera que "os bloqueios [que o país enfrenta] não têm a ver com o ministro das Finanças".

"Os bloqueios vêm da própria sociedade, vêm do próprio Estado, vêm dos direitos garantidos, dos grupos instalados, que não vão deixar fazer grandes alterações. Como isso não muda, como a despesa não muda, não é na receita que se vai conseguir fazer grandes alterações também, porque é preciso pagar aquilo", argumenta.

Para João César das Neves, vão ser anunciados "cortes de impostos imensos", porque todos os governos "anunciam imensos", mas "há outros a subirem, a maioria escondidos, que vão mais do que compensar esses".

"No final pagamos mais impostos. Enquanto a despesa for maior, pagamo-la toda", disse.

Questionado sobre as perspetivas de crescimento da economia portuguesa no próximo ano, o economista sublinha que "a situação está muito confusa" e "existe uma enorme incerteza".

"Ainda estamos com os resultados da pandemia, que tiveram impactos que ainda estão presentes. Entretanto, com uma guerra na Europa - entre dois grandes produtores de energia, de alimentação - os preços subiram. Há uma grande tensão e vários bloqueios internacionais", aponta.

César das Neves recorda que "os momentos de recessões na Europa e em Portugal, que eram apresentados há alguns meses, até agora não se têm verificado", sublinhando que a economia teve "um primeiro semestre bastante bom".

Contudo, assinala que o segundo semestre "começa bastante pior do que se pensava".

"Não chega a ser mau, mas não é tão bom como se previa. É muito difícil dizer o que é que vai acontecer nos próximos meses, no próximo ano, dois anos, três anos", considera.

A proposta do OE2024 tem de ser submetida pelo Governo à Assembleia da República até ao dia 10 de outubro.

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