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"Dinamismo". Governo destaca "números avassaladores" em vários setores

Os ministros da Economia e do Trabalho defenderam hoje que a economia portuguesa está a registar recordes no emprego e "números avassaladores" em vários setores, visão que foi moderada pelo ex-secretário-geral da UGT Carlos Silva.

"Dinamismo". Governo destaca "números avassaladores" em vários setores
Notícias ao Minuto

13:09 - 27/06/23 por Lusa

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Estas posições foram transmitidas nas Jornadas Parlamentares do PS, no Funchal, num debate sobre salários e apoios às empresas, em que António Costa Silva e Ana Mendes Godinho participaram por videoconferência, já que ambos não conseguiram aterrar no aeroporto da Madeira devido aos ventos fortes que atingem esta região.

Na sua intervenção, o ministro da Economia citou dados segundo os quais a massa salarial declarada no final do ano passado era de 58,2 mil milhões de euros, 11% acima do ano anterior, e que em 2022 as receitas do turismo suplantaram as de 2019.

António Costa Silva salientou a seguir, no entanto, que o setor da metalomecânica ainda passou o do turismo em termos de receitas.

"Gerou receitas 23 mil milhões de euros em 2022. O turismo é importante, mas atenção a todos os outros setores que estão com performances significativas, casos dos setores agroalimentar e da indústria farmacêutica", declarou,

Mas o titular da pasta da economia foi ainda mais longe na sua visão sobre a evolução da economia portuguesa, dizendo mesmo que "os números são avassaladores".

"Mostram o dinamismo da economia e uma recomposição da economia portuguesa e uma mudança paradigmática, o que é muito importante para o emprego e para os salários. Estamos perante números incontornáveis. Em todos os escalões, dos 20% mais pobres aos 20% mais ricos, houve aumento de rendimentos", sustentou.

António Costa Silva também deixou fortes criticas à oposição, considerando que "a economia portuguesa em 2022 e 2023 vai ser o cemitério das profecias apocalípticas, vai ser o cemitério das profecias catastrofistas".

"Somos uma referência, somos aqueles que puxam o país para cima. E há muita gente que puxa o país para baixo. Com aqueles que puxam o país para baixo, que fazem política negativa, não vamos conseguir nada", acrescentou.

Já Ana Mendes Godinho disse que Portugal tem neste momento um recorde de população ativa, tendo atingido em maio os 4,08 milhões de trabalhadores por conta de outrem inscritos na Segurança Social, não contando os independentes.

"Pela primeira vez, conseguimos ultrapassar mais um milhão de trabalhadores por conta de outrem do que em 2015. Temos mais 189 mil pessoas [empregadas] no mesmo período de janeiro a maio de 2023 face a 2023. Se olharmos para 2019, temos mais 350 mil pessoas como trabalhadores por conta de outrem no mercado de trabalho", indicou, citando dados da Segurança Social.

Em relação ao salário médio declarado a Segurança Social, segundo Ana Mendes Godinho, "houve um aumento de 8% em comparação com o mesmo período de 2022, ainda que muitos tentem deturpar este dado".

"Já nos jovens, o salário médio aumentou 44% face a 2015. O numero de trabalhadores qualificados aumentou 46% desde 2015, o terceiro maior crescimento da União Europeia. Desde 2015, a percentagem de jovens acima de mil euros duplicou, o que ainda não chega. Esta tem de ser a nossa bandeira. A taxa de precariedade diminuiu oito pontos percentuais, mas continuamos com valores inaceitáveis", assumiu.

Carlos Silva, ex-líder da UGT e que apoiou a liderança do PS de António José Seguro, afirmou acreditar que os socialistas vão continuar no Governo depois de 2026 e que em 2028 o salário mínimo vai atingir os mil euros.

Referiu, no entanto, problemas em fazer chegar às empresas o dinheiro do Plano de Recuperação e Resiliência, "só cerca de 12%", razão pela qual "é preciso dar corda aos sapatos".

Além da burocracia, Carlos Silva criticou também, entre outros aspetos, a "desadequação" de muitos cursos de formação profissional às necessidades das empresas.

Na abertura da sessão, o vice-presidente da bancada socialista e cabeça de lista pela Madeira, Carlos Pereira, afirmou que a sua Região Autónoma tem um problema estrutural com o aeroporto.

"Temos de olhar para este problema de forma séria. Sei que não há soluções fáceis", declarou o dirigente do Grupo Parlamentar do PS, antes de defender que a Região Autónoma da Madeira precisa de um aeroporto de contingência, que esteja sempre operacional, admitindo a solução Porto Santo.

"Esta situação com o aeroporto da Madeira tem custos económicos e reputacionais para a região. É preciso que os governos da Região e da República se entendam", acrescentou Carlos Pereira.

Leia Também: Comércio agroalimentar da UE com o maior excedente em três anos

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