Petrobras busca outros parceiros para desenvolver parques eólicos 'offshore'

A petrolífera estatal brasileira Petrobras informou hoje que está a procurar parceiros para novos projetos de energia eólica 'offshore' e outras fontes renováveis.

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Lusa
12/05/2023 18:11 ‧ 12/05/2023 por Lusa

Economia

Petrobras

"Nosso apetite por energia eólica 'offshore' é total. Estamos conversando com outras empresas", disse Mauricio Tomalsquim, diretor de Transição Energética da Petrobras, numa teleconferência com investidores.

O executivo adiantou que as conversações para a adesão de novos parceiros não se limitam aos parques eólicos flutuantes, mas também a outras tecnologias e fontes renováveis, como o hidrogénio verde.

"A nossa prioridade é desenvolver estes projetos em associações com outras empresas por diversas razões, entre as quais porque reduz o montante de investimento comprometido, permite a partilha de riscos e também a partilha de experiências", afirmou.

Desde que Luiz Inácio Lula da Silva assumiu seu terceiro mandato como Presidente do Brasil, em janeiro passado, a empresa, controlada pelo Estado, mas com ações negociadas em bolsa, anunciou o início de um ambicioso processo de transição energética.

Apesar de a gigante petrolífera não prever abandonar os seus principais ativos nem a exploração de hidrocarbonetos, vai apostar cada vez mais nas renováveis, principalmente na eólica 'offshore', na qual tem vantagens logísticas pelo facto de ser um importante produtor de petróleo em águas profundas.

Um dos primeiros passos nessa estratégia foi a assinatura em março de um acordo com a Equinor para a instalação de sete parques eólicos 'offshore' no Brasil com capacidade combinada para gerar 14,5 gigawatts (GW) de energia, praticamente a mesma da hidroelétrica de Itaipu (14 GW), a maior geradora de energia das Américas em seu segmento.

"A associação com a Equinor está no início. Já solicitamos licenças para desenvolver os parques, mas ainda estamos aguardando a definição do marco regulatório", disse Tomalsquim.

Apesar de estudos indicarem que o Brasil tem potencial para produzir até 697 GW em áreas marinhas de até 50 metros de profundidade, o Governo não regulamentou o marco legal desse setor, previsto para junho próximo.

"Dependemos da regulamentação do marco legal para iniciar a análise de viabilidade técnica e económica. Estamos em um processo muito inicial", concluiu o dirigente.

Leia Também: Consórcio formado pela Petrobras investe 8,1 mil milhões no Brasil

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