A ministra da Presidência, Mariana Vieira da Silva, sublinhou esta sexta-feira que a concentração de vários serviços públicos no edifício da Caixa Geral de Depósitos (CGD) vai trazer "ganhos de eficiência de diversa ordem" e "melhorias muito significativas" no seu funcionamento.
"Essa centralização de serviços permite duas coisas muito importantes: a primeira é a centralização de serviços comuns e partilhados, que terá necessariamente ganhos de escala e melhorias muito significativas no funcionamento e na articulação entre os serviços públicos; por outro lado, uma flexibilização, proximidade e transformação dos métodos de trabalho que deixam de existir viagens necessárias para articulação entre serviços", disse a ministra, em conferência de imprensa, em Lisboa, na qual destacou "ganhos de eficiência de diversa ordem".
A mudança de entidades públicas para a sede da CGD vai gerar poupanças anuais de 800 mil euros em rendas e de cinco milhões em encargos de manutenção, segurança, limpeza e luz, desocupando edifícios que podem reforçar oferta de habitação.
Estes valores constam do comunicado do Conselho de Ministros, que aprovou a autorização da realização da despesa para as obras de adaptação do edifício-sede da CGD, em Lisboa, com vista à concentração e instalação de entidades públicas neste local.
"A concentração de serviços e gabinetes num único espaço físico potencia sinergias, estimula a criação de redes de comunicação mais próximas, sedimenta o trabalho colaborativo e permite ganhos de eficiência na gestão dos imóveis utilizados pelo Estado", refere o comunicado do Conselho de Ministros.
O Governo estima que a concentração de entidades públicas na sede da CGD resultará numa poupança anual de 800 mil euros em rendas pagas pelo Estado a privados.
A este valor soma-se uma poupança de cerca de cinco milhões de euros por ano em encargos com a gestão de serviços como segurança, manutenção, limpeza, jardinagem, fornecimento de energia elétrica e fornecimento de água.
"Por outro lado, os imóveis públicos que serão desocupados -- avaliados em cerca de 600 milhões de euros -- poderão ser objeto de rentabilização, visando contribuir para o objetivo de reforço da oferta habitacional", refere a mesma informação.
O comunicado do Conselho de Ministros não refere qual o montante da autorização de despesa para obras que foi aprovada, sendo que hoje não foi realizado o 'briefing' que habitualmente se segue à reunião semanal do Governo.
Este projeto de concentração de entidades púbicas no edifício-sede da Caixa Geral de Depósitos está "alinhado" com o Programa do Governo, "que define como meta a reconfiguração do funcionamento e organização interna da Administração Central do Estado", bem como com o Plano de Recuperação e Resiliência (PRR).
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