Assinala-se esta terça-feira, dia 14 de fevereiro, o Dia dos Namorados e o estudo European Consumer Payment Report 2022, da Intrum, revela que a inflação está a ter impacto na vida dos casais portugueses, com 29% a relatar que o aumento dos preços dos presentes e das refeições fora de casa está a ter um "impacto negativo" na sua vida romântica.
"Esta consequência está a afetar a vida sentimental das gerações mais novas, uma vez que, são as que mais manifestam o seu descontentamento – a geração Z (18-21 anos) regista uma percentagem de 49% e a geração Millennial (22-37 anos) situa-se com a segunda percentagem mais elevada, atingindo os 37%", pode ler-se num comunicado enviado às redações.
A média do Sul da Europa é de 31%, valor superior ao registado em Portugal.
O estudo revela também que 45% dos portugueses inquiridos revela uma preocupação acrescida quando confrontados com a possibilidade de o parceiro/cônjuge perder o emprego.
"Ainda assim, esta percentagem é inferior ao que se verifica em Espanha (48%), Grécia (66%) e Itália (47%). A média do Sul da Europa situa-se nos 51%. Através do ECPR é também possível verificar que são os casais com filhos (56%) e com altos rendimentos (49%) quem revelam mais esta preocupação. De ressalvar ainda que a geração Z (18 -21 anos) é novamente quem manifesta maior apreensão face ao tema (54%)", pode ler-se.
De acordo com a Intrum," a situação financeira pode ter uma influência decisiva no modo como se conduzem as relações pessoais, nomeadamente, quando há dificuldades financeiras".
"Exemplo disso é que 16% dos inquiridos afirmaram que comprar presentes para o seu parceiro/cônjuge é a razão mais comum para se endividarem com o cartão de crédito. Esta é uma realidade com maior expressão nos homens (20%) do que nas mulheres (12%). Em Espanha, a percentagem é superior atingindo os 25% e o mesmo se verifica na Grécia, com 26%", pode ler-se.
Os dados revelam ainda que os casais portugueses "não estão a passar a melhor fase financeira, mas ainda assim não deixam de se preocupar com a relação", já que "19% dos inquiridos refere que a solução compre agora/pague depois é cada vez mais utilizada para cobrir custos da vida social e romântica dos casais portugueses".
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