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Angola vai ter plano diretor do gás natural com horizonte de 30 anos

O Presidente angolano, João Lourenço, disse hoje que Angola está a ultimar um plano diretor para o gás natural, com um horizonte de 30 anos, e apelou aos investidores internacionais que olhem para as oportunidades de negócio no país lusófono.

Angola vai ter plano diretor do gás natural com horizonte de 30 anos
Notícias ao Minuto

12:23 - 29/11/22 por Lusa

Economia Angola

João Lourenço de abertura na conferência internacional Angola Oil & Gás, promovida pela Energy Capital & Power, sob o lema "Promovendo uma Indústria de Petróleo e Gás Inclusiva, Atrativa e Inovadora em Angola".

"O executivo angolano está a concluir um plano diretor de gás natural que definirá as bases para começar a potenciar os recursos de gás natural em Angola, num horizonte temporal de cerca de 30 anos, de modo a garantir a criação de empregos e geração de receitas para o Estado", destacou, na sua intervenção.

João Lourenço apontou alguns projetos estruturantes de gás natural que estão a ser implementados, com realce para o novo consorcio de gás cujo objetivo é garantir fornecimento continuo à fabrica Angola LNG e à central térmica de ciclo combinado do Soyo e sustentar a implementação de outros projetos industriais.

Salientou ainda que a conferência se realiza num período em que a situação geopolítica internacional "tem criado distorções" acentuadas no mercado das 'commodities' e que Angola aspira a ser produtor de hidrocarbonetos competitivo.

Neste âmbito, o Governo tem trabalhado "incansavelmente" para estabelecer um ambiente regulatório propício, tendo redefinido o modelo de governação do setor e os papéis das diferentes entidades, afirmou, realçando a intervenção na petrolífera estatal Sonangol que "ficou focada no seu principal objeto, que compreende toda a cadeia de valor da indústria petrolífera".

Segundo João Lourenço, este novo modelo conferiu maior transparência e competitividade ao setor, tornando-o mais atrativo para a captação de investimentos nacionais e estrangeiros, o que permitiu manter a produção acima de 1 milhão e 100 mil barris/dia nos últimos cinco anos.

Para impulsionar o setor, o executivo definiu outras medidas, como a estratégia de licitação que visa adjudicar 50 novos blocos até 2025, dos quais 20 já adjudicados, e a estratégia de exploração de hidrocarbonetos que visa intensificar reposição de reservas.

Entre as medidas referidas pelo Presidente angolano, estão também o desenvolvimento da estratégia de refinação, incluindo a expansão da Refinaria de Luanda, que quadruplicou a produção de gasolina e das três novas refinarias (Cabinda, Soyo e Lobito).

Grande parte dos equipamentos para Cabinda já está no terreno, prevendo-se a conclusão da primeira fase desta refinaria, que terá capacidade para processar 60.000 barris/dia, em 2023.

No Soyo, que vai processar 100.000 barris/dia, já foi lançada a primeira pedra para a construção e estão a decorrer trabalhos preliminares enquanto o promotor finaliza os documentos para assinatura do contrato de financiamento, adiantou o chefe do executivo angolano.

Por outro lado, a Sonangol foi orientada para prosseguir com a construção da refinaria do Lobito, com capacidade para 200.000 barris/dia, decorrendo agora trabalhos de preservação de infraestruturas já erguidas no terreno.

No caso do armazenamento, está a ser ampliada a armazenagem em terra e implementada a primeira fase de construção do terminal oceânico da barra do Dande.

João Lourenço abordou igualmente o tema da transição energética para uma economia de baixo carbono, sublinhando que o setor petrolífero deve promover uma gestão sustentável dos combustíveis fosseis.

Neste campo, o Governo angolano tem também estado engajado na construção de centrais fotovoltaicas, através da Sonangol com base em parcerias com empresas internacionais como a Eni e a Total, e empresas alemãs para desenvolver projetos de produção de hidrogénio verde "que vão contribuir para sustentabilidade do seu portefólio de negócios".

O governante reiterou que Angola está "aberta ao investimento privado" propondo termos e condições fiscais e contratuais "justas" para todos ao que querem investir no país.

Leia Também: Angola pede justiça às autoridades são-tomenses após ataque a quartel

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