Espanha. Bruxelas prevê crescimento de 4,5% este ano com inflação de 8,5%
A Comissão Europeia prevê que a economia espanhola cresça 4,5% este ano e que a inflação seja de 8,5%, taxas superiores, nos dois casos, às das estimativas anteriores de Bruxelas, avançadas em julho.
© Reuters
Economia UE/Previsões
Nas previsões europeias do verão, o Produto Interno Bruto (PIB) de Espanha crescia 4% em 2022 e a inflação estimada para este ano seria 8,1%.
Já nas previsões de outono, divulgadas hoje, a Comissão Europeia revê em alta as estimativas para este ano tanto de crescimento do PIB como da inflação em Espanha.
Por outro lado, para 2023, a Comissão Europeia revê em baixa as estimativas de crescimento do PIB espanhol, que situa em 1% (em julho previa 2,1%). Para 2024, a previsão de Bruxelas é de crescimento de 2% da economia espanhola.
Quanto à inflação em Espanha, Bruxelas prevê 8,5% este ano (mais 0,4 pontos do que estimava em julho), 4,8% em 2023 (mais 1,4 pontos) e 2,3% em 2024.
Em 2021, a economia espanhola cresceu 5,5% e a inflação (aumento dos preços) situou-se nos 3%.
Segundo a Comissão Europeia, o défice público de Espanha deverá ficar em 4,6% este ano (foi 6,9% em 2021), em 4,3% em 2023 e em 3,6% em 2024.
A dívida pública espanhola deverá baixar, segundo a Comissão Europeia, dos 118,3% do PIB em 2021 para 114% este ano, 112,5% em 2023 e 112,1% em 2024.
Quanto ao desemprego em Espanha, um dos países da União Europeia com maior taxa de pessoas sem trabalho, Bruxelas estima 12,7% este ano e em 2023 e 12,6% em 2024.
No ano passado, a taxa de desemprego em Espanha foi 14,8%.
A Comissão Europeia realça, nos documentos divulgados hoje, que o PIB espanhol beneficiou da recuperação do turismo este ano, o que, aliado aos pacotes de ajuda aprovados pelo Governo para responder aos impactos da guerra na Ucrânia e da subida da inflação e "à resiliência do mercado de trabalho" levará a um crescimento da economia de 4,5% este ano.
Porém, no terceiro trimestre, a economia espanhola entrou numa "trajetória descendente", devido à deterioração das perspetivas de crescimento global" e "a uma pressão prolongada sobre os preços, com impacto negativo na procura", que se vai prolongar por 2023 e traduzir-se numa desaceleração do crescimento do PIB.
Leia Também: Bruxelas prevê 5,9% de taxa de desemprego em Portugal este ano
Descarregue a nossa App gratuita.
Oitavo ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.
* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com