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Banco de Inglaterra anuncia compra de dívida para "estabilizar o mercado"

A intervenção do Banco de Inglaterra foi justificada com "riscos reais para a estabilidade financeira britânica".

Banco de Inglaterra anuncia compra de dívida para "estabilizar o mercado"
Notícias ao Minuto

11:48 - 28/09/22 por Notícias ao Minuto

Economia Banco de Inglaterra

"O banco vai efetuar compras de obrigações governamentais de longo prazo" a partir de hoje, afirmou o Banco de Inglaterra em comunicado, no qual precisa que a "operação será inteiramente financiada pelo Tesouro".

Em reação, os juros da dívida a 30 anos, que tinham, no início da sessão, atingido máximos de 1998, a 5,14%, recuavam para 4,73%.

Por sua vez, a libra perdia 1,5% face ao dólar, após a intervenção do banco central no mercado obrigacionista.

A intervenção do Banco de Inglaterra foi justificada com "riscos reais para a estabilidade financeira britânica", depois de o novo Governo britânico ter anunciado na passada sexta-feira medidas orçamentais com custos elevados, incluindo medidas de apoio à economia e um corte nos impostos, que causaram perturbação nos mercados.

A libra caiu para um mínimo histórico de 1,0350 dólares na segunda-feira e não conseguiu recuperar desde então.

Os juros da dívida soberana subiram, mas a procura diminuiu.

"O movimento do mercado acentuou-se desde terça-feira e afeta particularmente a dívida de longo prazo. Se esta disfunção do mercado continuar ou piorar, vai causar um risco real para a estabilidade financeira do Reino Unido", adiantou o Banco de Inglaterra.

Os juros das obrigações a 30 anos, que seguiam a 3,5% no início da semana passada, têm vindo a subir. As obrigações a 10 anos, que tinham chegado a 4,59%, o nível mais alto desde 2008, recuaram agora para 4,23%.

O ministro das Finanças, Kwasi Kwarteng, por seu lado, "autorizou o pedido do governador de financiamento da operação, que vai permitir que as condições financeiras permaneçam acessíveis para as famílias e as empresas", indicou o Tesouro num comunicado separado.

Pouco antes, o Tesouro tinha defendido o plano orçamental divulgado na semana passada, apesar das críticas do Fundo Monetário Internacional (FMI), da agência de notação Moody's e da classe política.

A redução de impostos junta-se a um pacote anunciado nas últimas semanas para congelar os preços da energia para famílias e empresas, que está previsto custar 60.000 milhões de libras (68.700 milhões de euros) nos próximos seis meses.

"Agimos rapidamente para proteger as famílias e as empresas neste inverno e no próximo, após subidas sem precedentes dos preços da energia" impulsionados pela guerra na Ucrânia, argumentou o Tesouro, explicando que será apresentado um plano orçamental de médio prazo no dia 23 de novembro.

[Notícia atualizada às 13h20]

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