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Subida dos preços 'trava'. Taxa de inflação desacelera para 9% em agosto

Tendo por base a informação já apurada, a taxa de variação homóloga do Índice de Preços no Consumidor (IPC) terá diminuído para 9,0% em agosto (9,1% em julho).

Subida dos preços 'trava'. Taxa de inflação desacelera para 9% em agosto
Notícias ao Minuto

09:30 - 31/08/22 por Beatriz Vasconcelos com Lusa

Economia Inflação

A taxa de inflação terá desacelerado para 9% em agosto, face aos 9,1% verificados em julho, de acordo com a estimativa rápida do Índice de Preços no Consumidor (IPC), divulgada esta quarta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE). 

"Tendo por base a informação já apurada, a taxa de variação homóloga do IPC terá diminuído para 9,0% em agosto (9,1% em julho)", pode ler-se no relatório do INE. 

Quanto ao indicador de inflação subjacente (índice total excluindo produtos alimentares não transformados e energéticos) terá registado uma variação de 6,5% (6,2% no mês anterior), o registo mais elevado desde março de 1994.

O INE estima que a taxa de variação homóloga do índice relativo aos produtos energéticos se situe nos 24,0% em agosto (taxa inferior em 7,2 pontos percentuais face ao mês precedente), enquanto o índice referente aos produtos alimentares não transformados terá apresentado uma variação de 15,4%, que compara com 13,2% em julho.

Em agosto face ao mês anterior, a variação do IPC terá sido de -0,3% (nula em julho e -0,2% em agosto de 2021), estimando-se uma variação média nos últimos 12 meses de 5,3% (4,7% no mês anterior).

O Índice Harmonizado de Preços no Consumidor (IHPC) português terá registado uma variação homóloga de 9,4% em agosto, um valor idêntico ao do mês anterior.

Os dados definitivos referentes ao IPC do mês de junho de 2022 serão publicados pelo INE em 12 de setembro.

Rendas vão ficar mais caras

O valor das rendas deverá aumentar 5,43% em 2023, após ter subido 0,43% este ano, segundo os números da inflação dos últimos 12 meses até agosto divulgados pelo INE.

De acordo com os dados do INE, nos últimos 12 meses até agosto a variação média do índice de preços, excluindo a habitação, foi de 5,43%, valor que serve de base ao coeficiente utilizado para a atualização anual das rendas para o próximo ano, ao abrigo do Novo Regime do Arrendamento Urbano (NRAU) e que representa mais 5,43 euros por cada 100 euros de renda.

Contudo, o valor efetivo de atualização das rendas só será apurado quando, em 12 de setembro, o INE divulgar os dados definitivos referentes ao IPC de agosto de 2022.

O aumento de 5,43% das rendas em 2023, aplicável tanto ao meio urbano como ao meio rural, segue-se à subida de 0,43% registada este ano, ao congelamento de 2021 (na sequência de variação negativa do índice de preços) e aos acréscimos de 0,51% em 2020, 1,15% em 2019, 1,12% em 2018, 0,54% em 2017 e 0,16% em 2016.

Por lei, os valores das rendas estão em geral sujeitos a atualizações anuais que se aplicam de forma automática em função da inflação. O NRAU estipula que o INE é que tem a responsabilidade de apurar o coeficiente de atualização de rendas, tendo este de constar de um aviso a publicar em Diário da República até 30 de outubro de cada ano para se tornar efetivo.

Só após a publicação em Diário da República é que os proprietários poderão anunciar aos inquilinos o aumento da renda, sendo que a subida só poderá efetivamente ocorrer 30 dias depois deste aviso.

De acordo com a lei do arrendamento, a primeira atualização pode ser exigida um ano após a vigência do contrato, e as seguintes um ano depois da atualização prévia, tendo o senhorio de comunicar por escrito, com uma antecedência mínima de 30 dias, o coeficiente de atualização e a nova renda que resulta deste cálculo.

Caso não o pretendam, os senhorios não são obrigados a aplicar esta atualização.

As rendas anteriores a 1990, contudo, foram atualizadas a partir de novembro de 2012, segundo o NRAU, que permite aumentar as rendas mais antigas através de um processo de negociação entre senhorio e inquilino. Caso tenham sido objeto deste mecanismo de atualização extraordinária, ficam isentos de nova subida.

[Notícia atualizada às 11h31]

Leia Também: Rendas das casas vão ficar mais caras em 2023. Podem aumentar 5,43%

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