Exportadores alemães receiam impacto da escassez de gás

O setor exportador da Alemanha receia os efeitos negativos da escassez de gás no comércio externo do país, segundo uma análise do instituto económico alemão Ifo hoje divulgada.

Consumo de gás natural cresce 3,3% em agosto

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Lusa
26/07/2022 11:41 ‧ 26/07/2022 por Lusa

Economia

Ucrânia

De acordo com a análise do ifo, as expectativas dos exportadores alemães caíram para menos 0,5% em julho, contra 3,4% positivos registados em junho.

"A escassez de gás está a pesar nas expectativas no setor da exportação", disse o ifo num comunicado sobre o sentimento de um dos motores tradicionais da economia alemã, as exportações.

As perspetivas vão desde o otimismo moderado nos setores automóvel e de fabrico de máquinas até ao ceticismo no setor químico, e o pessimismo aberto na indústria alimentar e entre os fabricantes de mobiliário, entre outros.

Desde o início da invasão da Ucrânia pela Ucrânia, o Governo alemão concentrou os seus esforços na redução da dependência das importações de gás russo, que representavam 55% do total das importações em fevereiro e 26% em junho, de acordo com dados recentes do ministério dos Assuntos Económicos.

A retoma dos fornecimentos através do gasoduto Nord Stream na semana passada, após dez dias de interrupção, foi seguida na segunda-feira pelo anúncio do gigante russo do gás Gazprom de um corte drástico no serviço à Europa Ocidental.

O corte terá efeito a partir de 27 de julho, o que o Governo alemão diz não se dever a "razões técnicas".

"Tomámos nota do anúncio. Estamos a acompanhar a situação de muito perto, em estreito contacto com a Agência Federal de Redes e a equipa de crise do gás", de acordo com um comunicado emitido na segunda-feira pelo Ministério da Economia e Proteção Climática alemão.

"De acordo com as nossas informações, não existem razões técnicas para uma redução dos envios", acrescentou o comunicado do ministério.

Segundo a Gazprom, a nova redução deixará os fornecimentos via Nord Stream em 33 milhões de metros cúbicos por dia,

A Rússia está atualmente a fornecer apenas 40% das quantidades habituais de gás, porque aguarda a devolução de uma das suas turbinas Siemens, que foi bloqueada no Canadá devido às sanções impostas pelo Ocidente devido à campanha militar da Rússia na Ucrânia e que está atualmente a caminho.

Leia Também: UE chega a acordo para reduzir consumo de gás

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