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'Piquenique da Fome'. Reformados e pensionistas pedem aumento de pensões

Dezenas de reformados e pensionistas realizaram esta terça-feira uma ação de luta em frente ao Ministério do Trabalho, em Lisboa, o 'Piquenique da Fome', para exigirem um aumento real dos salários e uma subida em 20 euros das pensões.

'Piquenique da Fome'. Reformados e pensionistas pedem aumento de pensões
Notícias ao Minuto

14:22 - 28/06/22 por Lusa

Economia Pensões

Esta ação de luta, que "caracterizámos como Piquenique da Fome", visa "dar expressão" ao protesto dos reformados contra a "escalada dos preços dos bens e serviços essenciais", uma realidade que "agrava as já difíceis condições de vida" dos reformados, levando ainda a um "maior aumento" das situações de pobreza desta camada da população, disse Eugénio Bernardes, coordenador da Inter-Reformados Lisboa, organização da CGTP.

"Esta é mais uma chamada de atenção para o Governo sobre as baixas pensões e reformas e sobre o Serviço Nacional de Saúde (SNS) que está tão degradado" e que é "fundamental" para esta população, declarou.

Hoje, a Inter-Reformados, organização específica da CGTP, através da sua Direção Distrital de Lisboa -- União dos Sindicatos de Lisboa/CGTP-IN, realizou o "Piquenique da Fome" para dizer à ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, Ana Mendes Godinho, que "é possível e necessária" uma política que "termine com o retrocesso social que está em curso".

Em comunicado, a Inter-Reformados Lisboa advoga o aumento real dos salários e das pensões, nomeadamente um valor mínimo de 20 euros de aumento das pensões para "repor o poder de compra", além de defender que o aumento acelerado dos preços dos bens e serviços essenciais "deve ser travado".

É ainda referido que a Segurança Social deve "apoiar nas situações de dependência dos idosos", sendo ainda necessária a "melhoria dos critérios de atribuição e dos montantes das prestações sociais", bem como a "oferta de serviços de apoio da rede de lares e o apoio domiciliário integrados na rede pública".

Em declarações à Lusa, Eugénio Bernardes adiantou que foi entregue uma resolução no Ministério do Trabalho, "onde estão contempladas pensões de 273 a 419 euros para que a senhora ministra possa fazer contas e saber como é possível um reformado sobreviver" com esta situação.

"É preciso que a senhora ministra saiba como é que vai ter acesso ao serviço de saúde privado e como estão a degradar o nosso Serviço Nacional de Saúde para o entregar aos privados e qual vai ser o futuro do SNS", advertiu o sindicalista.

Eugénio Bernardes acusa ainda o Governo de "muito pouca sensibilidade" por aqueles que "trabalharam durante uma vida inteira", que "tudo deram para o desenvolvimento do país" e que "estão marginalizados", porque o executivo "não está a olhar para eles".

Socorrendo-se de um provérbio popular, o dirigente sindical além de realçar que "cada vez é mais difícil viver com este nível de vida", disse que "só quem está no convento é que sabe o que está lá dentro" e que "só os reformados", nomeadamente os que "têm baixas pensões" e que "têm baixas reformas, sabem o sacrifício" que é preciso fazer, além de por vezes terem de "ajudar os filhos e os netos" que têm "baixos ordenados".

A resolução que foi aprovada pelos reformados e pensionistas defende ainda que a idade da reforma deve passar para os 65 anos, que o fator de sustentabilidade deve ser eliminado e que a reforma deve ser assegurada por inteiro aos que tenham "40 e mais anos" de descontos para a Segurança Social.

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