Os resultados da sessão indicam que O tecnológico Nasdaq avançou 0,47% e o alargado S&P500 progrediu 0,52%, enquanto o seletivo Dow Jones Industrial Average valorizou 0,63%.
"Os investidores sentem-se otimistas porque tiveram um trimestre muito sólido e têm razões para se sentirem confiantes, dado o apaziguamento das tensões comerciais e das inquietações sobre a inflação", comentou Sam Stovall, da CFRA, em declarações à AFP.
De abril a junho, o S&P500 ganhou mais de 10% e o Nasdaq mais de 17%. E isto apesar de a praça bolsista ter sido fortemente abalada neste período, designadamente em abril, pela política protecionista de Donald Trump.
Mas, agora, "os investidores estão otimistas quanto ao anúncio de acordos comerciais internacionais antes da data-limite de 09 de julho", a partir da qual, na sua falta, vão ser aplicados taxas alfandegárias elevadas às importações provenientes dos principais parceiros comerciais dos EUA, disse Jose Torres, da Interactive Brokers.
A boa dinâmica de Wall Street explica-se, desde logo, pelo facto de Trump "ter reiniciado as conversações comerciais com o Canadá", disse Stovall.
Na quinta-feira, a Casa Branca considerou que o Canadá "cedeu" face a Trump ao renunciar à sua taxa sobre os conglomerados tecnológicos, que o tinha levado a romper as negociações com o Estado vizinho.
Por seu lado, o comissário europeu do Comércio, Maros Sefcovic, vai deslocar-se a Washington antes de 09 de julho para tentar chegar a um acordo, como anunciou hoje.
Além dos futuros desenvolvimentos no planop comercial, os investidores estiveram a acompanhar os desenvolvimentos no Congresso do megaprojeto de lei orçamental apresentado por Trump, que pode ser aprovado a qualquer instante no Senado, depois de o ter sido na Câmara dos Representantes.
A agência do Congresso para o Orçamento, encarregada de estimar de forma não partidária o impacto dos projetos legislativos nas finanças públicas, considerou no domingo que este projeto iria aumentar a divida pública em mais de três biliões (milhão de milhões) de dólares até 2034.
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