A ministra do Trabalho e da Segurança Social, Ana Mendes Godinho, destacou, esta quarta-feira, no Parlamento, que o Orçamento do Estado para 2022 (OE2022) "reflete o maior investimento social de sempre". A governante adiantou ainda que foram já mobilizados 5,4 mil milhões de euros em apoios extraordinários no âmbito da pandemia.

Mendes Godinho adiantou ainda que Portugal ultrapassou os 4,7 milhões de trabalhadores ativos a descontarem para a Segurança Social. 

A ministra do Trabalho começou por elencar alguns indicadores, em particular, sobre o mercado de trabalho: "Temos uma taxa de desemprego com mínimos históricos", disse, destacando o trabalho "coletivo" que tem sido desenvolvido. Apontou ainda para a redução do número de desempregados inscritos nos centros de emprego.

Há ainda um "valor recorde de 58 mil milhões de salários declarados à Segurança Social, fruto da criação de emprego e resultante da integração no sistema de pessoas durante a pandemia", afirmou.  

A governante lembrou ainda que o apoio para o cabaz alimentar, de 60 euros, será pago na sexta-feira, dia 29 de abril, conforme a Segurança Social tinha já anunciado. O apoio chegará a 760 mil famílias, adiantou Mendes Godinho. 

Ana Mendes Godinho está a ser ouvida na Comissão de Orçamento e Finanças sobre o OE2022, depois de o ministro das Finanças, Fernando Medina, ter participado numa audição semelhante na terça-feira.  

O debate na generalidade decorre nos dias 28 de abril à tarde e dia 29 no dia todo, culminando com a votação na generalidade do documento. A apreciação em comissão na especialidade começa a 2 de maio, com as audições dos vários ministros e de outras entidades, e o prazo limite para a apresentação de propostas de alteração é 13 de maio às 18h00.

A discussão do documento na especialidade em plenário arranca em 23 de maio estendendo-se por toda a semana - com debate de manhã e votações à tarde, como habitualmente. A votação final global ficou agendada para 27 de maio, véspera das eleições diretas do PSD, em que vai ser escolhido o sucessor do atual presidente, Rui Rio. O calendário prevê ainda que a redação final do documento esteja fixada em 15 de junho.

[Notícia atualizada às 09h38]

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