Portugal vai cooperar com Cabo Verde no turismo com "componente técnica"

Portugal vai cooperar com Cabo Verde na operacionalização do novo polo da escola de hotelaria das ilhas e partilhar experiências sobre reconversão de património público, disse hoje à Lusa o secretário de Estado do Turismo.

Governo:  Pedro Machado

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Lusa
20/06/2025 20:14 ‧ há 3 horas por Lusa

Economia

Cabo Verde

Pedro Machado falava à margem do fórum anual de investimentos do arquipélago, na ilha do Sal, depois de reuniões com as autoridades cabo-verdianas.

 

A Escola de Hotelaria e Turismo de Cabo Verde, sediada na capital, Praia, tem sido um dos epicentros da cooperação entre os dois países, focada agora na abertura do polo da ilha de São Vicente, prevista para o próximo ano letivo.

"Portugal assume a componente técnica", disponibilizando os currículos ministrados nas escolas portuguesas, além de formadores que podem deslocar-se a Cabo Verde "para realizar cursos, quer de formação intensiva quer extensiva", de forma a permitir que os residentes lhes deem sequência, explicou.

"A nossa disposição vai no sentido de que [o polo] possa estar a funcionar no próximo ano letivo", acrescentou Pedro Machado.

Segundo referiu, "hoje, há uma capacidade instalada" de mão-de-obra para o setor formada por Cabo Verde "e que é reconhecida pelas empresas portuguesas", por exemplo, ao "não terem necessidade, praticamente, de trazer expatriados para conduzir negócios" no arquipélago.

A escola de hotelaria e turismo cabo-verdiana é também uma das fontes de profissionais recrutados para Portugal.

"Há um segundo processo no nosso acordo de cooperação, que passa pela réplica do programa Revive", de reconversão de edifícios sob tutela do Estado, que estejam desaproveitados, colocando-os ao serviço do turismo -- uma experiência portuguesa que Cabo Verde pretende estudar.

"Em Portugal, temos 64 imóveis mapeados", muitos com fortes elementos históricos e arquitetónicos, apontou.

Pedro Machado acompanhou uma comitiva de empresários portugueses para encontros com outros intervenientes do setor, numa altura em que o turismo em Cabo Verde está em alta.

"Interessa-nos, obviamente, captar cada vez mais fluxo [turístico] para Portugal, mas também nos interessa que as empresas portuguesas possam desenvolver os seus modelos de negócio" e avançar para a internacionalização, disse.

"Já não estamos a falar [só] dos tradicionais grupos hoteleiros, com dimensão e escala para se poderem internacionalizar, estamos a falar de empresas de animação turística" e "pequenos empresários de alojamento local", exemplificou, em relação à delegação de visita ao arquipélago lusófono.

O turismo influencia diretamente quase meia centena de áreas da economia, "é o setor que mais transversalidade tem como outras atividades", num dinamismo do setor primário até ao terciário, indicou.

Cabo Verde registou um recorde de 1,2 milhões de hóspedes em 2024 e perspetiva-se que a procura continue a crescer, com a abertura de novas ligações aéreas com a Europa, ao mesmo tempo que as autoridades tentam promover novos produtos, além das tradicionais ofertas de "sol e praia".

Leia Também: Cabo Verde quer Acordo de Facilitação de Investimento Sustentável com UE

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