Num comunicado, a agência indicou que "os bancos europeus parecem estar a aumentar os empréstimos às empresas que negoceiam em 'commodities', e que estão a enfrentar necessidades de liquidez sem precedentes, devido à volatilidade dos preços".
A Fitch acredita que os bancos deverão continuar a financiar as margens das empresas, porque a pressão da liquidez, "ainda que seja séria, deverá ser temporária e as empresas que negoceiam em 'commodities' são uma boa fonte de lucros para a banca em tempos normais".
A agência indicou, no entanto, que muitos destes empréstimos são concedidos a empresas de maior dimensão, que têm modelos de negócio "sólidos" e operam com grandes almofadas de liquidez e várias fontes de financiamento, o que "mitiga os riscos para os bancos".
A Fitch não espera, ainda assim, que a exposição possa colocar pressão material na qualidade dos ativos dos grandes bancos ou nas suas receitas.
De acordo com a entidade, bancos como o ING, Societe Generale, Rabobank, Credit Agricole, Groupe BPCE e UBS são os que mais apareciam em operações de financiamento a estas empresas de 'commodities', nas quais destaca a Trafigura, Glencore, Gunvor, Vitol e Mercuria Energy, em meados de março deste ano.
A Fitch considerou "positivo" que a maioria dos grandes bancos europeus tenha mudado o seu enfoque para as maiores companhias desta área em anos recentes, reduzindo mesmo o seu financiamento, algo que "os coloca numa melhor posição para aguentar um stress potencial no setor e deverá mitigar qualquer pressão na qualidade dos ativos".
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