O ministro de Estado e das Finanças, João Leão, disse esta segunda-feira que é necessário garantir, nesta fase de transição, que as empresas e as famílias têm os apoios necessários para responder ao aumento dos preços, em particular da energia. 

"Nesta fase de transição e no imediato temos que garantir que as empresas e as famílias têm os apoios necessários para ajudá-las a enfrentar este momento em que houve um acréscimo muito acentuado dos custos, em particular da energia", disse o ministro de Estado, antes da reunião do Eurogrupo e em declarações transmitidas pela SIC Notícias. O ministro das Finanças sublinhou a importância de se dar atenção aos "mais vulneráveis, que são sempre os mais atingidos".  

João Leão detalhou que "o Governo português tem estado a adotar um conjunto de medidas e ainda tem que implementar um conjunto de outras medidas importantes para ajudar neste processo". 

O ministro das Finanças disse ainda que "Portugal tem um impulso que vem da forte recuperação do final do ano passado que nos permite ainda, num cenário mais adverso, admitir um crescimento bastante significativo". Apesar da revisão em baixa, João Leão ainda confia que Portugal vai registar uma "recuperação significativa da economia". 

"Esta crise não vai deixar de ter impacto, mas a dimensão do impacto depende das sanções e da forma como a Rússia retalia", acrescentou o ministro. 

Governo apresenta apoios ainda hoje

Para esta segunda-feira está agendada uma conferência de imprensa, às 17h30, sobre os apoios governamentais no âmbito do conflito na Ucrânia, que contará com a presença do ministro de Estado e da Economia, Pedro Siza Vieira, e da ministra da Agricultura, Maria do Céu Antunes.

O ministro da Economia anunciou no fim de semana uma linha de crédito de 400 milhões de euros para empresas mais dependentes da energia e dos combustíveis e que têm visto os seus custos aumentarem com a subida dos preços.

O ministro de Estado, da Economia e da Transição Digital explicou que a linha de crédito "é essencialmente dirigida a empresas cujos custos da energia têm um peso grande no custo do conjunto dos seus fatores de produção, a empresas que viram os seus custos de produção a aumentar significativamente nestes últimos tempos e têm necessidades de tesouraria acrescidas e a empresas que tiveram quebras de faturação", dando o exemplo do setor automóvel.

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