Wall Street fecha em baixa mesmo com recuo da cotação do petróleo

A bolsa nova-iorquina fechou hoje em baixa, ainda em função da invasão russa da Ucrânia e da inflação, apesar de a descida da cotação do barril de petróleo ter ajudado a limitar as perdas.

Wall Street recupera e fecha no verde apesar de incertezas persistirem

© REUTERS/Carlo Allegri

Lusa
10/03/2022 23:38 ‧ 10/03/2022 por Lusa

Economia

Bolsas

Os valores definitivos da sessão indicam que o índice seletivo Dow Jones Industrial Average cedeu 0,34%, para os 33.174,07 pontos, o tecnológico Nasdaq recuou 0,95%, para as 13.129,96 unidades, e o alargado S&P500 perdeu 0,43%, para as 4.259,52.

"As ações abandonaram parte dos ganhos conseguidos na véspera (..), uma vez que uma nova sessão de negociações entre a Federação Russa e a Ucrânia não teve um desenvolvimento positivo", comentaram, em nota, os analistas da Briefing.com.

A certa altura, os índices afundaram, com o Nasdaq a chegar a perder 2,33%.

"Os investidores beneficiaram do facto de o petróleo terem voltado a cair", depois de uma primeira, e forte, correção na quarta-feira, avançou Sam Stovall, responsável pela estratégia de investimento na CFRA.

Em duas sessões, as cotações do Brent, uma das duas principais variedades do petróleo, caíram cerca de 15%.

"Estou surpreendido que o mercado esteja a resistir tão bem", reconheceu Stovall.

Contudo, os investidores continuam a inquietar-se com a inflação e a subida dos preços das matérias-primas, alimentada pela invasão russa da Ucrânia, com um barril de petróleo cujo preço permanece bem acima dos 100 dólares.

Na quinta-feira, o índice dos preços no consumidor nos EUA foi de 7,9% em fevereiro, o valor mais elevado desde janeiro de 1982.

O mercado obrigacionista integra de forma cada vez mais ostensiva a inflação. O rendimento das obrigações da dívida pública dos EUA a 10 anos regressou acima dos dois por cento, pela primeira vez desde 25 de fevereiro, o segundo dia da invasão russa da Ucrânia.

O rendimento destes títulos a dois anos, que ilustra melhor as antecipações dos investidores em matéria de política monetária, atingiu os 1,73%, pela primeira vez desde há dois anos e meio.

"Esperamos que a inflação nos EUA atinja os 8,5%", em março, nos EUA, antecipou Sam Stovall, "e deveremos ter um número similar em abril. Portanto, a inflação vai continuar um problema".

A subida das taxas penaliza normalmente os valores de crescimento e tecnológicos, o que afetou a Apple (-2,72%), Tesla (-2,41%) ou Nvidia (-1,55%).

Leia Também: Wall Street recupera no início de sessão enquanto petróleo baixa

Partilhe a notícia

Escolha do ocnsumidor 2025

Descarregue a nossa App gratuita

Nono ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.

* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com
App androidApp iOS

Recomendados para si

Leia também

Últimas notícias


Newsletter

Receba os principais destaques todos os dias no seu email.

Mais lidas