OCDE diz que economia brasileira continua a dar sinais de deterioração
A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) informou hoje que continua a detetar sinais de deterioração nas perspetivas da economia brasileira com base em indicadores compostos, que também caíram abaixo da média de longo prazo.
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Economia OCDE
Num comunicado, a OCDE informou que em novembro o indicador do Brasil caiu 78 centésimos, o maior recuo nos 11 meses consecutivos, e ficou em 99,75 pontos, quando a média de longo prazo é de 100 pontos.
A queda mensal no Brasil é a mais forte de todos os países para os quais são oferecidos dados, ou seja, dos 38 membros da entidade e dos seis grandes emergentes, incluindo o gigante sul-americano.
Entre estes últimos, as estatísticas apontam para uma inflexão do crescimento na China, estabilidade na Índia e "crescimento a uma taxa regular acima da tendência de longo prazo" na Rússia.
Os indicadores compostos da OCDE, que incluem carteiras de pedidos, licenças de construção, indicadores de confiança, taxas de juros de longo prazo, registos de veículos novos e muitos mais são cíclicos e projetados para antecipar flutuações na atividade económica nos próximos seis a nove meses.
Os indicadores apresentam um quadro amplo da atividade económica com base numa grande quantidade de dados prospetivos recentes.
A OCDE frisou ainda que as incertezas persistentes decorrentes em grande parte dos desenvolvimentos recentes na pandemia de covid-19 em curso podem resultar em flutuações mais altas do que o normal.
Na semana passada, a OCDE já havia reduzido a sua estimativa sobre a subida do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil de 5,2% para 5% em 2021, e de 2,3% para 1,4% em 2022.
O Brasil ficou bem abaixo da média do PIB mundial projetada pelo órgão multilateral que ficou em 5,6% em 2021 e 4,5% em 2022.
A taxa de crescimento projetada para o Brasil em 2022 é a menor entre os 20 países mais ricos do mundo.
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