Foram mais de cem os ativistas pertencentes ao grupo Climáximo que se manifestaram ao longo do dia nas entradas de viaturas da Refinaria da Galp em Sines e, agora, num comunicado aos meios de comunicação, prometem voltar e, desta vez, para ficar.
Embora o protesto tenha resultado num convite para dialogar com a Comissão Central de Trabalhadores, o grupo pretende regressar brevemente. Tem como objetivo marcar presença em Sines, no dia 27 de novembro, com uma formação sobre Transição Justa e tem previsto um acampamento previsto para o próximo verão.
"Viemos aqui reivindicar menos emissões, uma transição justa e democracia energética, e podemos dizer claramente que a mensagem passou", revelou Mariana Gomes, uma das porta-vozes da ação.
De acordo com os ativistas, esta foi uma ação não violenta que obteve uma “resposta muito positiva da parte dos trabalhadores”, sendo que lhes foi proposto o estabelecimento de "uma frente que reivindique a descarbonização da refinaria de Sines até 2025".
"A nossa casa continua a arder, a COP26 foi o último suspiro das instituições para evitar colapso total e prova que vamos nessa direção na mesma e já sabemos que a transição justa do Governo e da Galp não é nem transição nem justa", explicou Carolina Falcato, também porta-voz do Climáximo.
Apenas uma pessoa foi identificada neste protesto contra a “infraestrutura com maiores emissões de gases de efeito de estufa em Portugal”, segundo defende o grupo ativista.
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