Ministro brasileiro defende privatização da Petrobras e Banco do Brasil

O ministro da Economia brasileiro, Paulo Guedes, defendeu hoje que a petrolífera Petrobras e o Banco do Brasil entrem na "fila" de privatizações dos próximos anos, segundo a imprensa local.

ministro da Economia brasileiro, Paulo Guedes

© Getty Imagens

Lusa
27/09/2021 20:29 ‧ 27/09/2021 por Lusa

Economia

Brasil

"Um plano para os próximos 10 anos é continuar com as privatizações. Petrobras, Banco do Brasil, 'todo mundo' entrando na fila, sendo vendido e sendo transformado em dividendos sociais", declarou Guedes.

O ministro da Economia falava durante a sua participação por videoconferência no encontro "O Brasil Quer Mais", organizado pela Câmara de Comércio Internacional.

Após a chegada do atual Governo ao poder, em janeiro de 2019, Paulo Guedes, um economista liberal, elaborou uma lista com pouco mais de 100 empresas estatais que pretende transferir para o setor privado.

No entanto, esses planos têm colidido com o pouco interesse dos investidores, que foi agravado pela pandemia de covid-19, e alguma resistência do Congresso, que tem de autorizar a privatização de algumas das empresas.

O ministro da Economia admitiu hoje que o processo de privatização não está acelerado no Governo de Jair Bolsonaro, mas destacou que em dois anos e meio foram privatizados o equivalente a 240 mil milhões de reais (cerca de 38 mil milhões de euros).

Apesar de Guedes defender agora a privatização da Petrobras, maior empresa do Brasil, Jair Bolosnaro chegou a afirmar, na campanha eleitoral de 2018, que "não gostaria" de ver a petrolífera estatal privatizada.

Na ocasião, declarou que a medida só seria feita "se não houver solução".

A própria Petrobras tem em curso um ambicioso plano de desinvestimentos, com o qual a petrolífera pretende reajustar o seu tamanho e a sua enorme dívida, concentrando-se em atividades mais estratégicas e rentáveis, como a exploração de petróleo e gás nas gigantescas reservas que detém em águas muito profundas do oceano Atlântico.

Na sua participação no evento organizado pela Câmara de Comércio Internacional, Paulo Guedes afirmou ainda que o bloco económico sul-americano Mercosul (Argentina, Brasil, Uruguai e Paraguai) passa por um momento de transformação e sugeriu que, se a Argentina estiver insatisfeita, pode retirar-se da área de livre comércio.

O Brasil, que atualmente ocupa a presidência rotativa do bloco, defende a redução da tarifa externa comum (TEC), ponto que é rejeitado pelos argentinos.

"O Mercosul vai modernizar-se e quem estiver incomodado que se retire", afirmou.

"A nossa posição é de avançar. Nós não vamos sair do Mercosul, mas nós não aceitaremos o Mercosul como ferramenta de ideologia. O Mercosul tem uma proposta muito clara: ele tem que nos permitir, ele é uma plataforma de integração na economia global. (...) Um dia a Argentina falou isso para os outros: 'olha o Mercosul é como é e quem não quiser que se retire'. Vamos devolver isso para a Argentina", acrescentou Guedes, citado pelo jornal O Globo.

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