No comunicado acerca da 11.ª avaliação da 'troika' (Banco Central Europeu, Comissão Europeia e Fundo Monetário Internacional), as três instituições referem que apesar da "vasta gama de reformas estruturais já adotadas (...) há ainda restrições importantes que limitam as empresas portuguesas face à concorrência internacional".
A título de exemplo, a 'troika' mencionou as "rendas excessivas no setor não-transacionável e rigidez no mercado laboral, enquanto a administração pública precisa de se tornar mais amigável para as empresas".
"Um compromisso forte para continuar a expandir o processo de reforma estrutural no médio-prazo vai ser essencial para atrair mais investimento direto estrangeiro aos setores transacionáveis", acrescentou o comunicado, que enalteceu a retoma da economia.
O Governo ainda vai ter de apresentar medidas para concluir a 11.ª avaliação do programa de resgate, afirmou hoje a ministra das Finanças, Maria Luís Albuquerque.
Apesar de este exame regular ter terminado "de forma positiva", como disse o vice-primeiro-ministro, Paulo Portas, no início da conferência de imprensa de hoje, a decisão final estará dependente da apresentação de mais medidas, caso contrário Portugal não recebe a próxima tranche do empréstimo.
Quando interrogada pelos jornalistas sobre se o desembolso da parcela financeira correspondente a esta avaliação está dependente de novas medidas, a ministra das Finanças afirmou que "há um conjunto de medidas que estarão concluídas até ao momento final desta avaliação, que é naturalmente o que dá origem ao desembolso".