BCE deve analisar hoje ritmo de compra de dívida e subida da inflação

O Banco Central Europeu (BCE) deve decidir hoje sobre o ritmo de compras de dívida da zona euro no terceiro trimestre, depois da subida da inflação e dos juros da dívida soberana.

Banco Central Europeu, BCE

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Lusa
10/06/2021 06:45 ‧ 10/06/2021 por Lusa

Economia

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Durante o segundo trimestre, o BCE tem adquirido obrigações a um ritmo significativamente mais elevado do que nos primeiros meses do ano, para evitar a subida das taxas de juro na zona euro, como consequência do aumento registado nos Estados Unidos.

Apesar do aumento da inflação em maio para 2%, a meta defendida pelo BCE, a maior parte dos analistas afasta a possibilidade de alterações importantes na política monetária, uma vez que a instituição pretende garantir condições de financiamento favoráveis.

O gestor de carteira da Pimco, Konstantin Veit, disse que atualmente o BCE compra títulos no valor de 80.000 milhões de euros por mês no programa de emergência devido à pandemia e 20.000 milhões de euros por mês com outros programas regulares de aquisição de ativos.

"Esperamos que esta postura se mantenha em linhas gerais no próximo trimestre", afirmou Veit.

O BCE também deverá divulgar novas projeções macroeconómicas, podendo rever os números do crescimento para 2021 e 2022. Quanto à inflação é provável que aumente as previsões para este ano, mas mantenha as dos anos seguintes.

Franck Dixmier, da Allianz Global Investors, considerou que o BCE deve manter um ritmo elevado de compras de títulos pelo menos nos próximos três meses e destacou também o interesse dos investidores na análise que será feita sobre o recente aumento da inflação.

Na opinião de Dixmier, Christine Lagarde, presidente do BCE, deve sublinhar, "uma vez mais, a natureza temporária do recente aumento" já que "foi impulsionado principalmente pela recuperação nos preços da energia".

Para a analista da Monex Europe Olivia Álvarez, o BCE deve reforçar "a sua mensagem de ampla acomodação monetária apesar de um panorama económico mais favorável, ao mesmo tempo que destaca os riscos negativos ainda latentes".

Leia Também: BCE analisa amanhã ritmo de compra de dívida e subida da inflação

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