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Obras do Metro de Lisboa vão ser conduzidas "com todo rigor ambiental"

O ministro do Ambiente e da Ação Climática assegurou hoje que as obras do Metro de Lisboa vão ser conduzidas "com todo o rigor ambiental", sem dispor de informação sobre o problema dos solos contaminados na zona de Santos.

Obras do Metro de Lisboa vão ser conduzidas "com todo rigor ambiental"
Notícias ao Minuto

16:26 - 11/05/21 por Lusa

Economia Matos Fernandes

"Há uma coisa chamada risco geotécnico sempre que se faz uma obra subterrânea. Obviamente que o grupo parlamentar do PSD há de ter na ponta da língua quais são as características e as condições do solo de Lisboa, nem é metro a metro, é centímetro a centímetro, mas infelizmente não nos divulgaram essa informação", afirmou João Matos Fernandes, numa audição regimental na comissão parlamentar de Ambiente, Energia e Ordenamento do Território.

Em resposta a questões do deputado do PSD Bruno Coimbra, o ministro do Ambiente disse que "é óbvio que as obras do Metro de Lisboa vão ser conduzidas com todo o rigor ambiental, tem um estudo de impacte ambiental aprovado".

O deputado social-democrata expôs a situação da Rua Dom Luís I, na zona de Santos, em Lisboa, onde "em breve" estarão os estaleiros das obras de expansão do Metro de Lisboa, referindo que "o estudo de impacte ambiental reconhece a presença de solos contaminados, incluindo excedência de valores limites de mercúrio, arsênico e chumbo, em alguns pontos de amostragens".

"Contudo, não há uma estimativa das quantidades a remover, ficando por se saber se o preço da obra paga pelo POSEUR [Programa Operacional Sustentabilidade e Eficiência no Uso de Recursos] já contempla estes trabalhos de remoção e de encaminhamento ou se futuramente todos temos de pagar trabalhos a mais ao empreiteiro", apontou Bruno Coimbra, questionando se o Ministério do Ambiente garante que não é preciso pagar os trabalhos a mais pela remoção e como irá "zelar pela proteção dos cidadãos face à dimensão desta obra e à desorientação que reina neste domínio".

Manifestando "muito orgulho" pelo currículo de trabalho deste Ministério do Ambiente, o ministro João Matos Fernandes deixou um recado: "não era difícil sermos muito melhor que os nossos antecessores, porque vossas excelências não fizeram nada".

"Se calhar é bom para o país que os senhores não tenham feito nada", declarou o governante, criticando a governação do PSD e considerando que a pergunta se está o Ministério em condições de garantir que não vai ser necessário pagar algo mais na obra do Metro "é de quem não faz a mais pequena ideia do que é uma obra".

"O grupo parlamentar do PSD não quis que se fizesse obra nenhuma no Metro e muito antes de nós dizermos que obras iam ser feitas já o grupo parlamentar do PSD não queria que se fizesse obra nenhuma no Metro, porque aquilo que o PSD fez quando foi Governo foi privatizar o Metro", acusou o ministro do Ambiente.

Para João Matos Fernandes, o PSD deixou o país "sem quaisquer condições para poder fazer melhor em matéria ambiental".

"Sejam bem-vindos à discussão, embora digo-lhe uma coisa: com as deficiências técnicas tão básicas e tão profundas com que vossas excelências se apresentam, tenho as maiores dúvidas de que alguma vez com boa vontade, coisa que que nunca vi no passado, consigam vossas excelências fazer alguma coisa de bem feito no futuro", frisou o governante.

Em maio de 2020, o Metropolitano de Lisboa assinou o contrato para a primeira empreitada do plano de expansão da rede, num investimento de 48,6 milhões de euros.

O projeto prevê a criação de um anel envolvente da zona central da cidade, com a abertura de duas novas estações: Estrela e Santos.

A linha circular vai ligar a estação do Cais do Sodré (linha Verde) à do Rato (linha Amarela).

As obras de expansão do Metro de Lisboa incluem mais duas etapas: no lote dois será feita a ligação entre a nova estação de Santos e o final da atual estação do Cais do Sodré; no lote três serão construídos os viadutos sobre a Rua Cipriano Dourado e sobre a Av. Padre Cruz, na zona do Campo Grande, prevendo a ampliação da estação do Campo Grande para nascente.

A construção do lote dois ficará a cargo do consórcio constituído pela Mota Engil, Engenharia e Construção, SA e Spie Batignolles International, Sucursal em Portugal, enquanto o lote três será da responsabilidade das agrupadas Teixeira Duarte, Engenharia e Construções, S.A. / SOMAFEL, Engenharia e Obras Ferroviárias, SA.

Leia Também: Trabalhadores do Metro Lisboa entregam pré-aviso de greve para 25 de maio

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