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Groundforce. Trabalhadores preocupados com aluguer de equipamentos à TAP

A Comissão de Trabalhadores da SPdH/Groundforce manifestou "enorme preocupação" relativamente aos mais de 461 mil euros mensais que a empresa de 'handling' vai pagar à TAP pelo aluguer de equipamentos, tendo em conta as "graves dificuldades de tesouraria".

Groundforce. Trabalhadores preocupados com aluguer de equipamentos à TAP
Notícias ao Minuto

11:00 - 26/03/21 por Lusa

Economia Groundforce

"Relativamente aos valores que vieram a público relativamente ao aluguer de equipamentos, apontando para uma renda mensal de 461 mil euros mais iva (totalizando mais de 567 mil euros por mês), numa empresa em graves dificuldades de tesouraria não podemos deixar de manifestar a nossa enorme preocupação com os valores desta operação, que em nada se assemelham a uma 'ajuda', mas sim a 'usura'", considerou a Comissão de Trabalhadores (CT), em comunicado.

Em causa está um acordo assinado entre a SPdH (Serviços Portugueses de Handling, comercialmente designada Groundforce Portugal) e a TAP, que prevê a compra dos equipamentos da empresa de 'handling' (assistência em aeroportos) por sete milhões de euros.

Sendo que não pode trabalhar sem os equipamentos, a Groundforce passa a ter de os alugar à TAP, que está a exigir 461.762 euros mensais.

Tendo em conta que os equipamentos foram adquiridos por um valor total de 6,97 milhões de euros (acrescido de IVA), em cerca de 15 meses de contrato, a TAP recuperou quase na totalidade o montante pago pelos ativos da Groundforce, segundo contas feitas pela Lusa.

Segundo o acordo, a que a Lusa teve acesso, a Groundforce tem opção de compra dos equipamentos até 30 de maio de 2021, "mediante o envio de notificação para o efeito" pela Groundforce à TAP até essa data.

No comunicado, a CT refutou ainda as declarações do ministro das Infraestruturas e da Habitação, Pedro Nuno Santos, que disse esta semana no parlamento que a TAP paga acima do preço de mercado pelos serviços prestados pela Groundforce e que esse contrato tem de ser revisto.

"Não sabemos quem anda a desinformar o senhor ministro das Infraestruturas e Habitação, mas uma certeza temos, alguém o anda a enganar", afirmou a CT.

"Olhar apenas para o preço num qualquer Excel da BCG [Boston Consulting Group, consultora escolhida para assessorar o processo de reestruturação da TAP], comparando tremoços com caviar, não é sério e tem que ser desmistificado", sublinhou aquela estrutura, acrescentando que o preço é estabelecido em função de diversos fatores, como o tipo de avião e a necessidade de recursos humanos e equipamentos.

A Groundforce é detida em 50,1% pela Pasogal, de Alfredo Casimiro, e em 49,9% pelo grupo TAP, acionista minoritário e principal cliente da empresa de 'handling' responsável por 70% da sua operação.

Leia Também: AR 'chumba' projetos de PCP e BE para nacionalizar Groundforce

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