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Pedro Nuno Santos aponta o dedo a Casimiro da Groundforce: "Não é sério"

O ministro das Infraestruturas e da Habitação, Pedro Nuno Santos, é ouvido na comissão de Economia, Inovação, Obras Públicas e Habitação.

Pedro Nuno Santos aponta o dedo a Casimiro da Groundforce: "Não é sério"
Notícias ao Minuto

09:29 - 24/03/21 por Notícias ao Minuto com Lusa

Economia Pedro Nuno Santos

O ministro das Infraestruturas e da Habitação, Pedro Nuno Santos, classificou, esta quarta-feira,  de "momento infeliz" a altura em que se soube que as ações do acionista da Groundforce Alfredo Casimiro já estavam penhoradas. O ministro apontou o dedo ao empresário, adiantando que "não é sério", acusando-o de enganar o Estado, e defendeu transparência relativamente a este assunto. 

Pedro Nuno Santos disse que o Governo manteve sempre a "boa fé" no processo negocial, até saber que as ações já estavam penhoradas, acusando Casimiro de enganar o Estado.   

"Este foi o primeiro momento infeliz em que um empresário português decide enganar o Estado português, o Governo, o país e os trabalhadores. Mas não foi o único", rematou Pedro Nuno Santos. 

O governante considerou ainda que Alfredo Casimiro é "um homem que provou que não é sério" e que tentou várias "manobras de diversão" durante as negociações com a TAP, para um empréstimo que permitisse à Groundforce pagar os salários aos seus 2.400 trabalhadores, em atraso desde fevereiro.

"Estamos a falar de um empresário que, no relacionamento com o Estado, esteve a enganar o Estado até ao fim e que, a determinada altura, posteriormente, ainda grava uma reunião com um ministro", afirmou Pedro Nuno Santos.

"Não podemos fazer de conta que não se passou nada e que estamos perante um empresário igual aos outros", acrescentou.

O governante começou por explicar que a crise na Groundforce surge no seguimento de um contexto pandémico "duríssimo". A aviação foi e está a ser um dos setores mais afetados. 

"O empréstimo não depende do ministro das Infraestruturas e da Habitação (...) depende de outros Ministérios", disse Pedro Nuno Santos. "O empréstimo infelizmente não chegou mais cedo por um conjunto de razões, sendo que as principais decorrem da demora da chegada da informação financeira da empresa", acrescentou. 

A audição de Pedro Nuno Santos acontece no âmbito de requerimentos apresentados pelo CDS-PP e pelo Bloco de Esquerda (BE) sobre a situação da empresa de 'handling' (assistência nos aeroportos), cuja situação de salários em atraso foi desbloqueada no imediato, mas que continua sem solução à vista quanto às restantes verbas de que necessita para se manter em atividade.

Acompanhe aqui a emissão em direto.

Groundforce pagará mais de 461 mil mensais à TAP

A Groundforce vai pagar 461.762 euros mensais à TAP pela utilização (aluguer) dos equipamentos que a companhia lhe comprou por cerca de sete milhões de euros, de acordo com o contrato assinado entre a TAP e a Groundforce.

"Durante o prazo de locação serão devidos alugueres pelo locatário ao locado (...) no montante mensal de 461.762 euros, a que acrescenta IVA à taxa em vigor", lê-se no contrato a que a Lusa teve acesso.

Os salários em atraso relativos a fevereiro dos 2.400 trabalhadores da SPdH (Serviços Portugueses de Handling, comercialmente designada Groundforce Portugal) já foram pagos, com recurso às verbas recebidas da TAP no âmbito do acordo celebrado na sexta-feira com a companhia, que detém 49,9% do capital da empresa.

O pagamento foi concretizado após o acordo alcançado na quinta-feira - e fechado na sexta-feira - entre a administração da Groundforce e a TAP e que prevê a venda à companhia aérea, por cerca de sete milhões de euros, dos equipamentos da empresa de 'handling' (assistência nos aeroportos), que passa a pagar à TAP pelo aluguer deste material.

Em causa estão ativos como tratores, escadas, autocarros e todo o tipo de equipamentos utilizados na prestação de serviços nos aeroportos.

O acordo permitiu desbloquear provisoriamente o impasse na empresa, possibilitando o pagamento de salários e impostos em atraso, enquanto se procura uma solução para as restantes verbas de que a companhia necessita para fazer face aos prejuízos causados pela pandemia.

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