Groundforce? "Vários caminhos estão a ser trabalhados", assegura Marcelo
O Presidente da República assegurou que há uma "intenção de encontrar" uma resposta para a situação de impasse na Groundforce. Os trabalhadores pedem a intervenção do Governo para salvar a empresa.
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Economia Groundforce
O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, assegurou, esta terça-feira, que estão a ser estudados vários "caminhos" para o futuro da Groundforce, sublinhando que o Governo está a fazer "tudo o que pode para desbloquear a situação".
"Vários caminhos estão a ser trabalhados, não me vou antecipar. É competência do Governo", disse Marcelo Rebelo de Sousa, que hoje tomou posse para um novo mandato, em declarações aos trabalhadores da Groundforce.
Relativamente ao impasse na Groundforce, "há um lado humano e social, mas há [também] um lado económico", disse Marcelo, em declarações transmitidas pela RTP3, acrescentando que o bloqueio ou paralisação do funcionamento dos aeroportos, "numa parte fundamental da sua atividade", tem "consequências económicas muito graves para o país".
"Sei que há uma intenção de encontrar, para esta nova situação, uma resposta e está-se a trabalhar no sentido dessa resposta. Sabemos que isso demora tempo e quanto mais depressa melhor, atendendo à situação social e económica envolvida", assegurou o Presidente da República.
"Tenho acompanhado, podem ter a certeza, e continuarei a acompanhar", disse Marcelo Rebelo de Sousa a um grupo de trabalhadores que o aguardavam à chegada ao aeroporto para "lhe pedir ajuda" a desbloquear o "inferno" que estão a viver.
O Chefe de Estado afirmou que o primeiro-ministro, o ministro e o secretário de Estado se têm "empenhado muito" para resolver a situação da Groundforce. "Podem ter a certeza, que eu sou testemunha disso, que o Governo está a fazer tudo o que pode para desbloquear a situação", frisou.
Mais de duas centenas de trabalhadores da Groundforce manifestaram-se hoje no Aeroporto do Porto para denunciar a situação "extremamente grave" que vivem e pedir ajuda ao Governo para salvar a empresa de 'handling' (assistência em terra).
Os cerca de 2.400 trabalhadores da Groundforce aguardam ainda pelo pagamento dos salários de fevereiro e receiam a perda dos postos de trabalho, caso seja pedida a insolvência da empresa, depois de não ter sido alcançado acordo entre o acionista privado, a Pasogal (50,1%) e a TAP (49,9%).
Segundo fonte oficial do Ministério das Infraestruturas e da Habitação, citada pela agência Lusa, as negociações, que já se arrastavam há vários dias, falharam, porque Alfredo Casimiro, dono da Pasogal, não pode entregar as ações como garantia para o empréstimo, uma vez que já se encontram penhoradas.
Em causa estão as negociações para um adiantamento de 2,05 milhões de euros para pagamento de salários em atraso, relativos a fevereiro, que seria feito pela TAP à Groundforce, em que as ações da Pasogal seriam dadas como garantia.
Os trabalhadores do Porto e de Lisboa concentrados no exterior do aeroporto do Porto dizem que não vão "baixar os braços", nem "deixar cair a Groundforce, uma empresa viável, que sempre deu lucros".
Foi agendada uma nova manifestação para quarta-feira, em frente ao Palácio de São Bento, em Lisboa.
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