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Transportes turísticos do Porto parados, mas há aluguer de bicicletas

A maioria dos empresários de transportes turísticos no Porto fecharam os negócios devido à pandemia, mas há quem se reinvente, apostando em serviços de entrega de bicicletas em casa e 'renting' de "biclas" com manutenção incluída.

Transportes turísticos do Porto parados, mas há aluguer de bicicletas
Notícias ao Minuto

13:25 - 22/02/21 por Lusa

Economia Turismo

Longe vão os tempos do trânsito regular do Porto misturado com 'tuk tuk' de inspiração tailandesa, 'riquitós' a lembrar o Vietname, comboios com visitas às caves do vinho do Porto ou helicópteros a sobrevoar os céus, o que levou a Câmara do Porto a avançar, em 2017, com um novo regulamento para o transporte turístico, no sentido de diminuir a pressão na cidade.

Entre a maioria dos negócios encerrados no Porto há quem lute contra a crise e se reinvente, recorrendo ao serviço de 'delivery' (entrega) de bicicletas ao domicílio e ao serviço de 'renting' (aluguer operacional) de bicicletas, algo que já existe no mercado, mas para o ramo automóvel.

No "Biclas & Triclas -- Rent a Bike and Tours", o gerente da loja, José Luís Leitão, conta que quem mais aluga bicicletas são "estudantes Erasmus espanhóis", "casais portugueses" e "grupos de amigos". Mas também já há famílias a recorrer ao serviço.

"Temos feito, ao fim de semana, 'take-away' e 'deliverey' de bicicletas a clientes do Porto, que estão confinados e que querem fazer exercício físico ou dar uma volta sem que a polícia os mande parar, porque os agentes não implicam com as bicicletas", conta José Luís Leitão, referindo que está a alugar ao dia e o custo ronda os 15 euros.

O serviço de 'renting' de bicicletas é uma ideia que José Leitão teve há cerca de dois anos e que, com a pandemia, decidiu pôr em prática, estando mesmo a criar uma página na Internet para a divulgação do negócio, porque quer expandi-lo a cidades como Braga e Aveiro, que têm estudantes Erasmus, revela.

O 'renting' é uma "subscrição mensal para ter a bicicleta em casa e pronta a andar e com a manutenção incluída", explica José Luís Leitão, referindo que se furar um pneu o 'renting' assegura o arranjo.

Com a pandemia e a crise económica, a maioria das empresas de transportes para passeios turísticos do Porto tem as portas encerradas, como é o caso da Cityrama, do Grupo Barraqueiro, com os 10 autocarros 'sightseeing' (panorâmicos) - vendidos pela Mystic Invest da Douro Azul em 2018 - estacionados.

"Uma vez que se está num período de confinamento e não há turismo na cidade do Porto os autocarros estão parados", conta fonte do Grupo Barraqueiro.

A Helitours, agência de viagens de helicópteros no Porto do empresário Mário Ferreira, da Douro Azul, cessou a atividade em 2020, deixando de realizar voos turísticos pelo Norte de Portugal.

O comboio turístico 'Magic Train' também desativou o negócio em março de 2020, deixando de realizar passeios na cidade do Porto e Gaia, com visita a caves do Vinho do Porto com provas vínicas, conta Artur Araújo, referindo que no último ano apenas reativou atividade entre julho e setembro.

A Tuktour Porto tem parados, há quase um ano, 10 'tuk tuk', 50 bicicletas elétricas, 20 'segways' e oito 'go-cars'.

"Estamos fechados e sem atividade devido às restrições, com os 11 trabalhadores todos em 'lay-off'", relata uma funcionária da Tuktours Porto, referindo que no verão de 2020 ainda conseguiram ter os serviços mínimos, mas com quebras superiores a 70% em relação ao período homólogo de 2019.

A Raditáxis, Cooperativa dos Rádio-Táxis do Porto, considerada a maior central de táxis da zona Norte e a segunda maior em Portugal, registou quebras de 90% no primeiro confinamento. Na segunda vaga regista quebras de 70% nas viagens.

"O táxi foi um dos setores mais afetados pela pandemia do novo coronavírus, estando a passar pelo momento mais difícil da sua história", considerou o presidente da Raditáxis, Agostinho Seixas.

A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 2.441.926 mortos no mundo. Em Portugal morreram mais de 15 mi pessoas.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

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