Ministro apela a mobilização das autarquias para programa 1.º Direito
O ministro Pedro Nuno Santos apelou hoje a uma mobilização das autarquias para a execução dos 1.250 milhões de euros previstos no Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) para o programa de apoio à habitação 1.º Direito.
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Economia PRR
"Ou conseguimos executar os 1.250 milhões de euros até dezembro de 2026 ou perdemos o dinheiro", disse hoje o governante, prometendo anunciar, dentro de poucos dias, como é que "os municípios mais céleres e mais eficazes na execução" poderão ter uma comparticipação "muito mais elevada".
Segundo o ministro das Infraestruturas e da Habitação, "é muito importante que o país se mobilize, não só porque é necessário dar resposta às necessidades da população em matéria de habitação", mas também porque há essa necessidade de executar o PRR na totalidade.
"Há quem na Europa vá fazendo a aposta de que muitos Estados não vão conseguir e veem isto como uma forma de pouparem", referiu, durante a cerimónia 'online' de celebração do acordo de colaboração com o município de Viseu no âmbito do 1.º Direito.
Na sua opinião, se Portugal não conseguir, estará a falhar "não só na resposta às necessidades de habitação, mas também na resposta à crise económica", uma vez que "o investimento que será feito em todo o país na área da habitação dará um contributo decisivo para a animação e recuperação económica".
Pedro Nuno Santos disse que "este programa não teria qualquer sentido, nem sucesso, se não tivesse o envolvimento pleno dos municípios", que conhecem melhor o terreno e gerem melhor a resposta às necessidades.
"Estamos muito contentes por vermos tantos municípios a trabalharem nas suas Estratégias Locais de Habitação (ELH), a aderirem ao programa e a comprometerem-se com o investimento", realçou.
Portugal prevê investir 1,6 mil milhões de euros ao nível da habitação, destacando o objetivo de apoiar 26.000 famílias até 2026, segundo o PPR para aceder a verbas comunitárias pós-crise da covid-19.
Entre os investimentos a concretizar no setor da habitação, o Governo refere o 1.º Direito - Programa de Apoio ao Acesso à Habitação, com 1,2 mil milhões de euros, e a Bolsa Nacional de Alojamento Urgente e Temporário, com 186 milhões de euros.
O município de Viseu assinou hoje o acordo de colaboração com oInstituto da Habitação e da Reabilitação Urbana (IHRU), no âmbito do programa 1º Direito e que concretiza também a aprovação da ELH.
A ELH de Viseu foi desenhada tendo por base um diagnóstico que identificou 352 situações de carência habitacional, o que corresponde a916pessoas.
Das 352 situações identificadas, 268 beneficiarão do programa 1º Direito e poderão obter diretamente financiamento, num investimento estimado de 11.490.000 euros.
Nas restantes 84 situações, o município promoverá a solução, no seguimento do acordo agora celebrado com o IHRU, ao abrigo do 1º Direito, num investimento estimado de 4.720.000 euros.
"Trata-se de um investimento significativo por parte da autarquia, mas numa área que consideramos absolutamente essencial e que tem impacto direto na qualidade de vida das famílias viseenses", considerou o presidente da Câmara de Viseu, Almeida Henriques.
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