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Adesão limitada ao alívio da dívida decorre da ausência de privados

A agência Standard & Poor's (S&P) considerou hoje que a adesão limitada à Iniciativa de Suspensão do Serviço da Dívida, lançada pelo G20 em abril, decorre da falta de adesão do setor privado a esta moratória nos pagamentos.

Adesão limitada ao alívio da dívida decorre da ausência de privados
Notícias ao Minuto

18:02 - 06/12/20 por Lusa

Economia S&P

"O esforço para incluir os credores comerciais não tem tido sucesso, e o grande número de credores privados que emprestam aos governos endividados torna as negociações difíceis", dizem os analistas da agência de 'rating', apontando que "para os países que esperam conseguir financiar-se nos mercados, os custos de participação na iniciativa podem ser maiores do que os potenciais benefícios devido às limitações ao financiamento comercial que são impostas pelo processo".

De acordo com um extenso comentário da S&P sobre a limitada adesão dos países à Iniciativa de Suspensão do Serviço da Dívida (DSSI), lançada em abril pelo G20 com o apoio do Fundo Monetário Internacional e do Banco Mundial, dos 73 países que podem aderir à iniciativa só cerca de 30 aderiram.

"Dos 24 países que analisamos, 20, estão na categoria B ou mais abaixo, e os outros quatros estão em BB-", ou seja, todos abaixo do nível de recomendação de investimento, e "a sua qualidade de crédito reflete frequentemente o rendimento limitado e as instituições relativamente fracas", pelo que o recurso aos mercados de dívida internacionais para financiar o desenvolvimento económico é essencial, referiu a agência.

Para além disso, continuam os analistas, um dos problemas da DSSI do ponto de vista dos países em dificuldades financeiras é que a iniciativa não oferece uma redução, mas apenas um adiamento dos pagamentos.

"Os pagamentos têm de ser pagos no futuro, o esquema prevê uma neutralidade para os credores em termos do valor atual líquido, e os devedores deviam pagar os montantes em quatro anos, um prazo que foi agora alargado para seis", depois do prolongamento da DSSI para junho de 2021, no seguimento da decisão do G20, em novembro, acrescentou a S&P.

"A DSSI, assim, ajuda a lidar com problemas de liquidez enfrentados pelos países não reduz o valor total do peso da dívida", concluíram os analistas, vincando que esta pode ser uma das principais justificações para a adesão limitada dos países a este esquema delineado em abril.

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