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Bancos devem preparar-se para novas taxas de juro de referência

O Banco de Portugal (BdP) recomenda aos bancos que supervisiona que tomem as "ações necessárias" para se prepararem para as novas taxas de juro de referência, numa carta circular hoje divulgada.

Bancos devem preparar-se para novas taxas de juro de referência
Notícias ao Minuto

13:28 - 30/10/20 por Lusa

Economia BdP

"Considerando o amplo uso das taxas de juro de referência em contratos financeiros, assim como em modelos de desconto, de avaliação e de risco e a sua importância nas práticas comerciais atuais, é fundamental que as instituições interiorizem e mitiguem os riscos associados a estes processos de reforma em curso e que adotem as ações necessárias para assegurar uma transição adequada", refere o Banco de Portugal na carta circular.

Já em 23 de julho, o Banco Central Europeu (BCE) publicou um relatório em que elenca as práticas a serem seguidas pelos bancos na preparação para as reformas das taxas de juro de referência.

Em 2021, a nova taxa de juro de curto prazo do BCE, a EuroSTR (Euro Short-Term Rate), vai substituir definitivamente a Eonia (a taxa de juro de referência a um dia para o outro).

A taxa EuroSTR é calculada pelo BCE a partir de 50 bancos com transações de obtenção de fundos superiores a um milhão de euros no mercado monetário sem garantia do euro (entre bancos, mas também fundos de pensões, seguradoras, sociedades gestoras de ativos) no prazo a um dia ('overnight').

A substituição afeta diversos ativos, como operações com derivados, contratos de garantia e produtos diferentes dos derivados, mas não tem implicações diretamente nos créditos às famílias, que em Portugal usam como referencial de taxa de juro a Euribor (Euro Interbank Offered Rate).

Também a Euribor está em reforma, com alterações relevantes no seu cálculo, com o objetivo de a tornar mais fiável.

Nos últimos anos houve grupos de trabalho para a reforma das taxas de juro de referência da zona euro com o objetivo tornar mais fiáveis e transparentes e proteger consumidores e investidores, devido à significativa redução do número de bancos que contribuem para a definição das taxas, do volume do mercado monetário interbancário sem garantia e sobretudo depois dos escândalos de manipulação das taxas.

Ainda na carta circular hoje divulgada, o Banco de Portugal lembra que, de acordo com o regulamento europeu BMR (EU Benchmark Regulation), "apenas as taxas de referência que cumpram, a partir do início de 2022, um conjunto de determinados requisitos poderão ser utilizadas em novos contratos ou instrumentos financeiros".

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