O ritmo de recuperação da economia foi "mais lento" em setembro do que nos meses anteriores, revelou o Instituto Nacional de Estatística (INE), esta terça-feira. Ainda assim, entre junho e setembro verificou-se uma "contração progressivamente menos intensa da atividade económica".
"Em Portugal, os indicadores de curto prazo relativos à atividade económica na perspetiva de produção, disponíveis para agosto, têm vindo a recuperar parcialmente, depois de terem registado mínimos em abril e maio, que refletiram os constrangimentos à atividade económica determinados pelas medidas de contenção à disseminação da pandemia Covid-19", sublinha a agência.
O indicador de confiança dos consumidores diminuiu em setembro, tendo o indicador de clima económico continuado a recuperar, à semelhança dos quatro meses anteriores, das fortes reduções verificadas em abril, lembra o INE.
O montante global de levantamentos nacionais, de pagamentos de serviços e de compras em terminais de pagamento automático na rede multibanco diminuiu 4,5% em setembro, em termos homólogos, após ter registado um decréscimo de 8,1% em agosto.
Já as vendas de veículos automóveis registaram taxas de variação homóloga de -9,4% nos automóveis ligeiros de passageiros, -7,2% nos comerciais ligeiros e -8,6% nos veículos pesados, face às taxas de -0,1%, -40,5% e -7,2% em agosto, respetivamente.
De acordo com as estimativas mensais do Inquérito ao Emprego, a taxa de desemprego (15 a 74 anos), ajustada de sazonalidade, situou-se em 8,1% em agosto, mais 0,2 pontos percentuais (p.p.) que o valor definitivo registado em julho (5,9% em maio de 2020 e 6,4% em agosto de 2019).
[Notícia atualizada às 11h22.]