"O indicador do clima económico (ICE) recuperou de forma ténue, interrompendo assim a trajetória descendente que vinha registando desde o mês de fevereiro", refere o INE no boletim consultado hoje pela Lusa.
Esta "ligeira recuperação" contou com contributo positivo das perspetivas de emprego e da procura "que aumentaram substancialmente no mesmo mês de referência", acrescenta.
Em julho, o índice caiu para com 74 pontos, o valor mais baixo desde 2004 (por oposição ao ponto alto com 104,1 pontos em fevereiro de 2015), subindo para 75,9 em agosto.
"Setorialmente, a ligeira subida do ICE deveu-se à conjuntura favorável nos setores de produção industrial, dos transportes, de construção e dos outros serviços não financeiros, que suplantaram a situação pouco abonatória dos empresários dos restantes setores inquiridos no período em análise", lê-se no boletim do INE.
A subida do ICE aconteceu no mesmo mês em que o Governo moçambicano começou a aliviar as restrições impostas para prevenção da pandemia de covid-19.
Os indicadores de Confiança e de Clima Económico constituem uma publicação mensal sobre a conjuntura económica de Moçambique, compilada com base num inquérito de conjuntura realizado também todos os meses pelo INE às empresas do setor não financeiro.
"O estudo expressa a opinião de agentes económicos acerca da evolução e perspetiva da sua atividade, particularmente sobre emprego, procura, encomendas, preços, produção, vendas e limitações de atividade", explica o INE moçambicano.
Moçambique regista um total acumulado de 8.888 casos de infeção pelo novo coronavírus, com 62 mortes e com 5.573 recuperados.