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Instituições científicas e empresas "têm de juntar forças"

O presidente do Instituto de Engenharia de Sistemas e Computadores (INESC), José Tribolet, defendeu hoje que as instituições científicas e o tecido empresarial têm de "juntar forças".

Instituições científicas e empresas "têm de juntar forças"
Notícias ao Minuto

21:36 - 06/07/20 por Lusa

Economia José Tribolet

"O desafio que venho hoje apresentar é o de juntar forças, nós, as instituições que são de facto as fábricas do sistema científico e tecnológico e vós, as empresas a operar em Portugal, numa relação direta e contratualizada, orientarmos desafios concretos da criação de valor e dotar de meios financeiros próprios independentes e autónomos", sugeriu o presidente do INESC.

José Tribolet, que encerrava a primeira de uma série de três conferências de comemoração do 40.º aniversário do INESC, que decorreu no Porto, afirmou que só com "mecanismos operacionais e bem financiados" e "objetivos claros e concretos" é que o sistema científico e empresarial português conseguirá "consolidar e tornar o sistema coerência à atividade I&D (Inovação e desenvolvimento) existente".

"Não acredito que seja pelo reforço dos mecanismos e dos meios financeiros dos programas nacionais e europeus que iremos conseguir o salto qualitativo que se impõe fazer para ligarmos sinergeticamente e simbioticamente estes dois setores fundamentais", defendeu o presidente do INESC.

Nesse sentido, apelou para que os principais setores económicos nacionais assumam de forma "mais explicita" os seus objetivos e atuem como "agentes coletivos nacionais", reforçando ou até criando "mecanismos setoriais próprios e financeiramente autónomos" do Estado e da União Europeia.

"Não vejo razão para não se estabelecer em Portugal de forma voluntária e emergente regras e práticas de boa governança estratégica setorial", disse, acrescentando que só a partir da definição desta estratégia será possível "um melhor alinhamento e sincronismo" entre as atividades financiadas pelos programas nacionais e europeus e os "objetivos concretos".

José Tribolet salientou ainda que esta é a oportunidade para construir "o futuro coletivo do país", algo que, no seu entender, não pode ser mais adiado.

"A construção do futuro de Portugal não é apenas, nem sobretudo, responsabilidade do Estado, nem de cada uma das instituições que constituem individualmente o país. O futuro deve ser construído também a partir de entidades que representem realidades coletivas que efetivamente constituem o sistema de Portugal, essas entidades têm de assumir explicitamente, ter programas e objetivos e meios próprios, independentes do Estado e assumir a missão de representarem a criação de riqueza", afirmou.

Constituído em 1980, o instituto, que tem atualmente participação em seis instituições -- INESC Coimbra, INESC-ID, INOV INESC Inovação, INESC MN e INESC TEC --, desenvolve atividade nas áreas da educação, incubação, investigação científica e consultoria tecnológica.

Na Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (FEUP), a Comissária Europeia para a Coesão e Reformas, Elisa Ferreira, abriu hoje a discussão a um painel de oradores de empresas nacionais, como o presidente da Corticeira Amorim, a CEO da TMG Automotive e presidente da COTEC, o presidente da APICCAPS e o presidente do Conselho de Administração da SONAE.

A encerrar a conferência, à qual se associou a comemoração dos 35 anos do INESC TEC, no Porto, esteve o ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Manuel Heitor, em representação do primeiro-ministro.

A comemoração do 40.º aniversário do INESC inclui mais duas conferências, uma a realizar-se no dia 08 de outubro, em Lisboa, dedicada ao tema "A capacidade de criação de novas empresas de base tecnológica" e outra, em Coimbra, no dia 23 de outubro, dedicada ao tema "A relação com o mundo académico".

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