Wall Street cai com números do emprego e Trump despede dirigente

A bolsa nova-iorquina encerrou hoje em forte baixa, com os investidores particularmente preocupados com os números do emprego, em contexto de agravamento das taxas alfandegárias aplicadas pelos EUA às suas importações.

Opening bell New York Stock Exchange

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Lusa
01/08/2025 23:14 ‧ há 3 dias por Lusa

Economia

Bolsa de Nova Iorque

Os resultados da sessão indicam que o índice seletivo Dow Jones Industrial Average perdeu 1,23%, o tecnológico Nasdaq caiu 2,24% e o alargado S&P500 recuou 1,60%.

 

"Os investidores começam a inquietar-se com o facto de a economia (dos EUA) estar a enfraquecer mais depressa do que se pensava", comentou Sam Stovall, da CFRA, em declarações à AFP.

Em causa, a degradação do mercado de trabalho em julho, com o agravamento da taxa de desemprego, de 4,1% em junho para 4,2%

As estatísticas indicaram ainda que em julho a criação de emprego foi de 73 mil postos de trabalho e reviram em forte baixa a informação relativa a maio e junho, que ficou em níveis desconhecidos desde a pandemia do novo coronavírus.

De imediato, Donald Trump ordenou a demissão de Erika McEntarfer, diretora do Gabinete de Estatísticas Laborais, alegando que esta, nomeada por Joe Biden, tinha manipulado os números por razões políticas, mas sem avançar provas.

Trump demite chefe de estatísticas do trabalho.

Trump demite chefe de estatísticas do trabalho. "Falsificou os números"

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, demitiu a comissária do Gabinete de Estatísticas do Trabalho (BLS, na sigla em inglês), Erika McEntarfer, que disse ter falsificado "os números do emprego".

Daniela Filipe | 22:10 - 01/08/2025

"Ordenei à minha EQUIPA que despeça esta nomeada Política de Biden, IMEDIATAMENTE. Ela deve ser substituída por alguém muito mais competente e qualificada", escreveu na sua rede social.   

Mais tarde, desenvolveu, também na sua rede social: "Na minha opinião, os números do emprego de hoje foram MANIPULADOS para dar uma má imagem dos Republicanos e de MIM PRÓPRIO".

Segundo Patrick O'Hare, da Briefing.com, "os investidores pensam que a Fed (o banco central, Reserva Federal) deverá baixar a sua taxa de juro de referência" na sua próxima reunião, em setembro.

"Os acontecimentos sucedem-se e provocam uma correção rápida", realçou Stovall.

Entretanto, Trump assinou na quinta-feira o decreto de aplicação das taxas alfandegárias agravadas, no qual concedeu mais uns dias de adiamento, mas que não excedem 07 de agosto.

A União Europeia, o Japão ou a Coreia do Sul vão ter os seus produtos taxados em 15% e o Reino Unido em 10%, valores que sobem para 30% no caso da África do Sul e 39% da Suíça.

O Canadá vê estas taxas, não cobertas por um acordo anterior, aumentar para 35%%, enquanto o México obteve um adiamento de 90 dias e prosseguem as negociações com a China, mas com o fim da trégua marcado para 12 de agosto.

"A tempestade comerciai não acabou e esperam-nos outros desafios", comentou Sam Stovall.

Este conjunto de notícias eclipsou os resultados trimestrais de dois conglomerados tecnológicos, Apple e Amazon.

Aquele recuou 2,50%, apesar de resultados acima das expectativas no terceiro trimestre do seu exercício, dopados pelo iPhone.

O seu lucro subiu nove por cento homólogos, para 23,4 mil milhões de dólares.

Já a Amazon fechou em queda de 8,27%, devido em particular às previsões dececionantes que adiantou, apesar de uma subida de 35% do seu lucro para 18,2 mil milhões de dólares.

Leia Também: Bolsa de Lisboa encerra em baixa com Jerónimo Martins a perder 4,02%

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