Reestruturação da TAP? "Em qualquer operação há uma dor", diz Costa

Apesar de considerar que é prematuro adiantar decisões sobre o futuro da companhia aérea, referiu que não se pode criar "ilusões" e "isso terá consequências sobre o emprego".

António Costa

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Notícias Ao Minuto
03/07/2020 13:27 ‧ 03/07/2020 por Notícias Ao Minuto

Economia

Costa

O primeiro-ministro, António Costa, comparou, esta sexta-feira, o processo de reestruturação da TAP a uma intervenção cirúrgica, referindo que "em qualquer operação há uma dor". Apesar de considerar que é prematuro adiantar decisões sobre o futuro da companhia aérea, referiu que não se pode criar "ilusões" e "isso terá consequências sobre o emprego"

"Quando a Comissão Europeia autoriza medidas de ajuda de Estado isso tem uma contrapartida, essa contrapartida é haver um reajustamento da empresa", disse António Costa, quando questionado sobre se estão ou não despedimentos em cima da mesa. 

"Esse programa de reestruturação vai implicar uma diminuição do número de rotas da TAP, diminuição do número de aviões e isso terá consequências sobre o emprego na TAP, não vale a pena estarmos com ilusões e a esconder. É o mesmo que dizer a uma pessoa que vai ser operada e não vai ter dores. Em qualquer operação há uma dor", apontou, à saída da Assembleia da República, após ter sido aprovado o Orçamento Suplementar.  

Sobre o acordo com os privados na companhia aérea, alcançado na quinta-feira, Costa sublinhou que o "Governo fez um acordo para fazer aquilo que era fundamental: assegurar o controlo da gestão da empresa", justificando que "ninguém compreenderia" que o Estado emprestasse dinheiro à empresa sem assumir o controlo. 

Lembrou ainda que o acordo permite a continuidade de Humberto Pedrosa como acionista da TAP, com quem o Governo manteve uma "relação construtiva"

Questionado sobre porque é que o acordo atingido com os privados é positivo para a companhia aérea, Costa referiu que "é sempre melhor um acordo do que um contencioso", rematou, acrescentando uma vez mais que havia um alinhamento com o acionista Humberto Pedrosa e uma divergência com David Neeleman - que, mediante o acordo, prepara-se para sair da TAP. 

António Costa acrescentou ainda que esta crise não atingiu apenas a TAP, é antes um problema transversal ao setor da aviação: "Não existe um problema da TAP, existe um problema global da aviação em todo o mundo", apontou.

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