PIB da Rússia cai 9,5% no 2.º trimestre e 5% em 2020

As autoridades russas preveem uma contração do Produto Interno Bruto (PIB) de 9,5% no segundo trimestre e de 5% no conjunto de 2020 devido à pandemia decovid-19 e à queda dos preços do petróleo, foi anunciado na quinta-feira.

Ex-deputado crítico do Kremlin foi assassinado por um agente russo

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Lusa
22/05/2020 06:08 ‧ 22/05/2020 por Lusa

Economia

Covid-19

"Em relação ao crescimento do PIB, a nossa estimativa é a seguinte: + 1,6% no primeiro trimestre, -9,5% no segundo, -6,3% no terceiro, -5,2% no quarto e -5% no ano todo", afirmou o ministro da Economia russo, Maxime Rechetnikov, citado pelas agências russas.

Segundo Rechetnikov, a economia russa deve recuperar em 2021 com um aumento esperado do PIB de 2,8% e regressar ao nível pré-crise em 2022.

O ministro disse esperar que o desemprego aumente 5,7% em 2020, além de uma queda nas exportações (-36%) e importações (-21,3%). Os investimentos também deverão cair 12% este ano.

A agência de estatísticas russa Rosstat já tinha divulgado na quinta-feira uma contração da produção industrial na Rússia de 6,6% em abril face ao mesmo mês do ano de 2019, devido ao facto de a economia ter completamente paralisado, na sequência do decretado pelo Presidente, Vladimir Putin, num esforço destinado a convencer os russos a ficarem confinados em casa. A maioria das indústrias só regressou ao trabalho este mês.

Desde o início do confinamento, o golpe foi duro para as empresas russas, forçadas a manter os salários, uma missão impossível especialmente para as pequenas e médias empresas.

O Banco Central da Rússia disse esperar uma queda no PIB de até 6% em 2020 e um número de desempregados totalizando oito milhões de pessoas. o banco central russo também prevê uma retoma do crescimento a partir de 2021.

O mundo pode enfrentar este ano a pior recessão desde a Grande Depressão de 1929, devido à pandemia da covid-19, segundo o Fundo Monetário Internacional (FMI).

No entanto, a Rússia parece melhor armada do que durante a última crise iniciada em 2014 com a imposição de sanções ocidentais.

Moscovo que, desde então, acumulou grandes reservas graças a cinco anos de austeridade orçamental, tornou-se menos vulnerável a choques externos, substituindo parte de suas importações e controlando a taxa de inflação.

A Rússia também adotou várias medidas para apoiar cidadãos e empresas, mas estas podem mostrar-se insuficientes, segundo economistas.

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