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Covid-19: Fundo de recuperação deve ter por base "subvenções"

A CIP - Confederação Empresarial de Portugal defendeu hoje que o fundo de recuperação para fazer face ao impacto da covid-19, e que foi esta quinta-feira anunciado pelo Conselho Europeu, deve ser baseado em "subvenções", segundo um comunicado.

Covid-19: Fundo de recuperação deve ter por base "subvenções"
Notícias ao Minuto

17:06 - 24/04/20 por Lusa

Economia CIP

"O fundo de recuperação europeu deverá ser construído com base em subvenções e, quando necessário, em empréstimos, ser fácil e rapidamente mobilizado para os Estados-membros, em proporção da crise que enfrentam, e sem condicionalidades desnecessárias", adiantou a organização, na mesma nota, hoje divulgada.

No final da reunião de quinta-feira, os chefes de Estado e de Governo da União Europeia (UE), reunidos por videoconferência, encarregaram a Comissão Europeia de apresentar urgentemente uma proposta de fundo de recuperação da economia europeia para superar a crise provocada pela pandemia de covid-19.

"Todos concordámos em trabalhar num fundo específico de recuperação dedicado à crise da covid-19, que é necessário e urgente. Este fundo deve ser de magnitude suficiente para enfrentar a extensão da crise e orientado para os setores e partes geográficas da Europa mais afetados. Encarregámos a Comissão de analisar as necessidades exatas e de apresentar com caráter de urgência uma proposta proporcional ao desafio que enfrentamos", anunciou o presidente do Conselho Europeu.

Falando numa conferência de imprensa conjunta com a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, em Bruxelas, Charles Michel sublinhou que a proposta que o executivo comunitário deverá apresentar muito em breve "deve clarificar o laço com o Quadro Financeiro Plurianual [o orçamento da UE para 2021-2027], que terá de ser ajustado à atual crise e suas consequências".

O presidente da CIP, António Saraiva, citado na mesma nota hoje divulgada, recordou que "o Banco Central Europeu prevê, no pior cenário, uma contração de 15% da zona euro este ano".

"Isto será uma queda sem precedentes", salienta.

Por isso, sublinhou, é preciso "assegurar que a União Europeia continua a demonstrar o seu valor e a sua força, como sendo mais do que a mera soma dos seus membros".

Para o líder associativo, "o fundo de recuperação europeu deverá ter capacidade suficiente para responder às necessidades financeiras dos Estados-membros e deverá estar pronto a entrar em ação com a maior brevidade possível. Serão negociações difíceis, pelo que esperamos que o espírito europeu, que se revelou na reunião de ontem [quinta-feira, 23 de abril], se mantenha".

A CIP vincou ainda que a proposta que a Comissão Europeia irá agora elaborar "para o próximo quadro financeiro plurianual deve assegurar que este tem a dimensão e os instrumentos necessários para fazer face às consequências económicas desta crise que vivemos e, simultaneamente, preparar a União Europeia para o futuro, garantindo a sua competitividade e liderança em áreas fundamentais como o digital e a investigação e desenvolvimento, nomeadamente na área da saúde".

A organização elogiou a "maior abertura e comunicação dos líderes europeus", ainda que "os detalhes se mantenham em aberto".

No final da reunião, o primeiro-ministro, António Costa, considerou que, se o fundo de recuperação económica se concretizar nos moldes defendidos pela maioria dos Estados-membros europeus, os países vão dispor de uma bazuca contra a crise provocada pela pandemia de covid-19.

"Se tudo se concretizar, será seguramente uma bazuca", declarou António Costa em conferência de imprensa, em São Bento, no final da reunião do Conselho Europeu.

O primeiro-ministro voltou a apontar que o fundo de recuperação poderá envolver verbas na ordem de 1,5 biliões de euros, às quais se juntam as medidas de emergência já aprovadas pelo Eurogrupo e que, no seu conjunto, atingem os 500 mil milhões de euros.

A nível global, segundo um balanço da AFP, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 200 mil mortos e infetou mais de 2,7 milhões de pessoas em 193 países e territórios.

Mais de 720 mil doentes foram considerados curados.

Em Portugal, morreram 854 pessoas das 22.797 confirmadas como infetadas, e há 1.228 casos.

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