Wall Street fecha em alta perante um possível enfraquecimento da pandemia

A bolsa nova-iorquina encerrou hoje em alta clara, com os investidores a demonstrarem um entusiasmo prudente perante um possível enfraquecimento da pandemia de coronavírus nos EUA e no mundo.

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Lusa
08/04/2020 23:24 ‧ 08/04/2020 por Lusa

Economia

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Os resultados definitivos da sessão indicam que o índice seletivo Dow Jones Industrial Average valorizou 3,44%, para os 23.433,57 pontos.

Da mesma forma, o tecnológico Nasdaq ganhou 2,58%, para as 8.090,90 unidades, e o alargado S&P500 progrediu 3,41%, para as 2.749,98.

"Talvez o vírus tenha atingido um pico ou, pelo menos, aproxima-se dele, o que dá esperança aos investidores que, até ao final de maio, a atividade económica pode reanimar verdadeiramente", sublinhou Karl Haeling, de LBBW.

O coronavírus já provocou cerca de 14 mil mortos nos EUA e mais de 86 mil no mundo.

Se o estado de Nova Iorque, epicentro da pandemia nos EUA, registou um novo recorde de mortes em 24 horas, a progressão do vírus estabilizou-se, indicou hoje o governador Andrew Cuomo.

Contudo, permanece "um grande número de incertezas", suscetíveis de fazer alterar o momento na bolsa a todo o instante, preveniu Haeling.

"O mercado a evoluir aos altos e baixos é a nova normalidade, o que vai continuar enquanto a volatilidade não se reduzir muito mais", previu.

O indie VIX, que mede a volatilidade em Wall Street, baixou hoje mais de sete por cento.

Por outro lado, a Reserva Federal publicou na quarta-feira as minutas da reunião do seu comité de política monetária, realizada em 15 de março, onde tinha decidido uma descida da taxa de juro de referência, colocando-a no intervalo entre zero e 0,25%.

Na altura, os membros deste comité (FOMC, na sigla em inglês) tinham considerado que a incerteza associada à pandemia fazia pesar "um grave perigo sobre as perspetivas económicas".

Porém, salientaram que "a situação atual não é diretamente comparável com a crise financeira da década precedente" e consideraram que os efeitos negativos seriam talvez menos prolongados.

Outro fator que permitiu aos índices consolidar hoje os seus ganhos foi o anúncio pelo senador Bernie Sanders do fim da sua campanha para obter a nomeação pelos democratas para as eleições presidenciais norte-americanas.

Esta decisão dá de facto a vitória ao seu rival Joe Biden, que vai assim enfrentar o republicano Donald Trump em novembro.

Sanders tinha feito fortes críticas a Wall Street e prometido uma reforma em profundidade do sistema financeiro, que assustou alguns barões da bolsa nova-iorquina.

O seu abandono "ajudou hoje o mercado, mas não muda fundamentalmente as perspetivas", considerou Haeling.

"A principal questão vai ser ver até que ponto Bernie Sanders vai apoiar Joe Biden", acrescentou.

Wall Street

 

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