Wall Street fecha em baixa mas com fortes ganhos no conjunto da semana
A bolsa nova-iorquina encerrou hoje em baixa nítida, mas apresenta uma recuperação viva no conjunto da semana, com os investidores fragilizados pela crise do novo coronavírus.
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Economia Mercado
Os resultados definitivos da sessão indicam que o índice seletivo Dow Jones Industrial Average caiu 4,06%, para os 21.636,78 pontos, mas no conjunto da semana ganhou 17,6%.
Esta é a mais forte subida semanal deste índice desde junho de 1931.
Da mesma forma, o tecnológico Nasdaq perdeu 3,79%, para as 7.502,38 unidades, mas registou uma apreciação semanal de 9,1%.
E o alargado S&P500 perdeu 3,37%, para os 2.541,47 pontos, mas tem uma valorização semanal de 10,3%.
Para Gregori Volokhine, da Meeschaert Financial Services, "o que estabilizou os mercados esta semana foi a intervenção dos bancos centrais".
No entender deste analista, "nos EUA, a Reserva Federal (Fed) disse, de certa maneira, que garantia toda a dívida existente".
O banco central norte-americano anunciou que ia injetar biliões (milhões de milhões) de dólares para ajudar a primeira potência mundial a enfrentar a pandemia de coronavírus.
A Fed decidiu na quinta-feira eliminar os limites às suas aquisições de dívida pública e títulos com garantia.
Na quinta-feira, o sue presidente, Jerome Powell, garantiu que a instituição ia continuar a emprestar dinheiro "agressivamente".
Por outro lado, os investidores saudaram a adoção de um plano de salvamento económico titânico, que vai mobilizar cerca de dois biliões de dólares para acorre às empresas e famílias mais afetadas pela crise.
Donald Trump promulgou o texto hoje, pouco depois do encerramento de Wall Street.
"O que é importante é o símbolo de unidade entre democratas e republicanos", observou Volokhine, que contudo entende que as medidas são insuficientes para atenuar as consequências económicas devastadoras da pandemia.
Sinal do choque provocado pelo coronavírus, a confiança dos consumidores caiu em março, registando a quarta descida mais importante em meio século, segundo a estimativa final do inquérito da Universidade do Michigan, publicado hoje.
Na véspera, o número de inscritos no subsídio de desemprego nos EUA tinha conhecido uma subida recorde, com 3,3 milhões de novas inscrições.
"Os números vão ser catastróficos, mas o que é importante é o que se vai fazer perante estes números", preveniu Volokhine.
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