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Wall Street fecha em forte baixa e ignora corte de juros pela Fed

A bolsa nova-iorquina encerrou hoje fortemente abalada pelo anúncio surpresa de uma descida das taxas de juro da Reserva Federal para contrariar o impacto económico do novo coronavírus, com os investidores a demonstrarem o seu ceticismo.

Wall Street fecha em forte baixa e ignora corte de juros pela Fed
Notícias ao Minuto

23:22 - 03/03/20 por Lusa

Economia Bolsas

Os resultados definitivos da sessão indicam que o índice seletivo Dow Jones Industrial Average caiu 2,94%, para os 25.917,41 pontos.

O tecnológico Nasdaq perdeu ainda mais - 2,99%, para as 8.684,09 unidades -, mas o recuo do alargado S&P500 foi da mesma ordem de grandeza, quantificado em 2,81%, para as 3.003,37.

"Ao agir rapidamente e de forma agressiva, o presidente da Fed (abreviatura em inglês de Reserva Federal, o banco central dos EUA) mostrou implicitamente uma grande inquietação com os riscos que pesam sobre as perspetivas económicas", considerou Ken Matheny, economista na IHS Markit.

E, contudo, os índices tinham recuperado de forma clara logo a seguir ao anúncio da Fed de uma baixa em meio ponto percentual, decisão esta tomada fora do calendário de reuniões habituais do comité de política monetária (FOMC, na sigla em inglês), o que acontece pela primeira vez desde a crise financeira de 2008.

Depois passaram a evoluir entre subidas e descidas, até ao momento da conferência de imprensa do presidente da Fed, Jerome Powell.

Este reconheceu que a incerteza é o tom dominante em relação à duração e amplitude da epidemia.

Estas afirmações deprimiram os investidores, que saíram do mercado de ações trocando-as por ativos considerados mais seguros, como a dívida pública dos EUA.

Em resultado do aumento de preços subsequente destes títulos, o rendimento propiciado por estes títulos caiu pela primeira vez abaixo do limiar simbólico do um por cento.

Apesar de mais uma vez o Presidente norte-americano, Donald Trump, ter criticado o presidente da Fed, considerando que deveria ter ido mais longe e reclamando mais descidas de taxas de juro, várias analistas questionaram de imediato o impacto real da intervenção repentina da instituição.

À questão de saber se a descida anunciada vai permitir "compensar o enfraquecimento da procura interna gerada pelo coronavírus, a resposta é provavelmente não", realçou Karl Haeling, da LBBW.

"Se você não quiser ir a uma viagem de negócios ou a um concerto, o facto de a Fed descer as suas taxas provavelmente não o vai fazer mudar de decisão, que se baseia no seu medo do vírus", especificou.

Para Peter Cardillo, da Spartan Capital Securities, a ação da Fed pode mesmo "enviar uma má mensagem" aos investidores, porque, por outro lado, parece responder mais às pressões políticas de Donald Trump do que a uma verdadeira necessidade económica e, por outro, dá a impressão de que a instituição "utiliza todas as suas munições", o que a deixa sem margem de manobra se a crise se ampliar.

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