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Covid-19 vai condicionar a atividade económica "durante algum tempo"

O presidente da Reserva Federal dos Estados Unidos, Jerome Powell, considerou hoje inevitável que os efeitos do surto do novo coronavírus alastrem às economias mundiais e alterem o seu normal funcionamento "durante algum tempo".

Covid-19 vai condicionar a atividade económica "durante algum tempo"
Notícias ao Minuto

17:59 - 03/03/20 por Lusa

Economia Fed

"O surto está a alterar a atividade económica em muitos países e seguramente alastrará à atividade económica aqui [Estados Unidos] e no exterior durante algum tempo", disse Powell numa conferência de imprensa convocada para comentar a descida das taxas de juro em 50 pontos base decidida hoje.

O responsável afirmou, citado pela agência Efe, que "a magnitude e persistência dos efeitos gerais sobre a economia, não obstante, é de elevada incerteza e a situação mantém-se fluída".

Jerome Powell assinalou que se começa a constatar um abrandamento dos setores do turismo e das viagens, assim como uma preocupação das indústrias que dependem das cadeias de fornecimento globais.

"Ninguém sabe quanto tempo irá durar [o surto]", disse Powell, citado pela AFP, acrescentando que a Fed não crê ter "a resposta a todas as questões", mas acreditando que a baixa dos juros "irá dar uma 'chicotada' significativa à economia".

A Reserva Federal, que funciona como banco central dos Estados Unidos e gere a sua política monetária, anunciou hoje o corte na taxa de juro de referência, "à luz dos riscos" provocados pelo surto de Covid-19.

Depois de um início em quebra e uma resposta positiva ao anúncio da Fed, as bolsas de Wall Street seguiam, pelas 17:08 (hora de Lisboa), novamente em queda, com o Dow Jones a perder 0,71%, o Nasdaq 0,35% e o S&P 500 0,84%.

A decisão de hoje segue-se à divulgação de um comunicado conjunto por parte dos países do G7 (mais industrializados do mundo), que se manifestaram prontos para "utilizar todos os instrumentos apropriados" para reduzir o impacto económico da epidemia do coronavírus e, em particular a adotar políticas "orçamentais".

Os banqueiros centrais também prometem "continuar a cumprir os seus mandatos", ou seja, "apoiar a estabilidade de preços e o crescimento económico, mantendo a resiliência do sistema financeiro".

O surto de Covid-19, que pode causar infeções respiratórias como pneumonia, provocou mais de 3.100 mortos e infetou mais de 90.300 pessoas em cerca de 70 países e territórios, incluindo quatro em Portugal.

Das pessoas infetadas, cerca de 48 mil recuperaram, segundo autoridades de saúde de vários países.

Além de 2.943 mortos na China, onde o surto foi detetado em dezembro, há registo de vítimas mortais no Irão, Itália, Coreia do Sul, Japão, França, Hong Kong, Taiwan, Austrália, Tailândia, Estados Unidos da América, San Marino e Filipinas.

A Organização Mundial de Saúde (OMS) declarou o surto de Covid-19 como uma emergência de saúde pública internacional de risco "muito elevado".

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